Investimentos em Insurtech em 2024

Por José Prado do Insurtech Brasil

O mercado de insurtechs no Brasil em 2024 marcou uma retomada expressiva após um 2023 retraído, acompanhando uma estabilização global no setor. Segundo o relatório State of Insurtech 2024 da CB Insights, o financiamento global para insurtechs em 2024 totalizou US$ 4,5 bilhões, uma queda de 4 % em relação aos US$ 4,7 bilhões de 2023 e bem abaixo dos US$ 11,7 bilhões de 2021.  No Brasil, de acordo com levantamento do Insurtech Brasil, o ano trouxe cerca de US$ 27,2 milhões (aproximadamente R$ 139,7 milhões) em aportes, superando o desempenho tímido de 2023 e destacando soluções em seguros de vida, saúde e proteção digital. Esse valor reflete um ecossistema resiliente, que soube aproveitar a demanda por inovação mesmo em um cenário econômico desafiador.

Globalmente, 2023 foi marcado por uma cautela nos investimentos de risco, com menos mega-rodadas e foco em eficiência operacional, mas 2024 trouxe sinais de recuperação, especialmente em startups de estágios intermediários e nichos como IA e gestão de riscos cibernéticos. No Brasil, o contraste com 2023 é claro: o ano anterior teve desempenho tímido, mas 2024 trouxe uma onda de aportes robustos, indicando uma confiança renovada no potencial disruptivo das insurtechs brasileiras. Esse movimento posiciona o país como líder em inovação no setor de seguros.

Após um 2023 de poucos holofotes, o Brasil viu em 2024 um renascimento do interesse por insurtechs, com US$ 27,2 milhões investidos em empresas como BlueCyber e Stoa. Esses aportes, que variam de rodadas seed a Series B, mostram a diversidade do setor, abrangendo desde seguros cibernéticos até digitalização de processos. Comparado ao pico de 2021 (mais de R$ 556 milhões) e à consolidação de 2022 (R$ 298 milhões), 2024 representa uma retomada sólida, impulsionada pela necessidade de soluções digitais e pela maturidade do mercado local, que superou adversidades globais para atrair capital estratégico.

O otimismo para 2025 já se faz sentir, com o ano começando aquecido: Split Risk captou R$ 50 milhões para expandir seu modelo Insurance-as-a-Service, enquanto PicSel, focada em seguros agrícolas, e Alice, plano de saúde corporativo que levantou US$ 22 milhões em uma Série C, também anunciaram investimentos significativos. Além disso, Azos captou US$ 30,5 milhões (R$ 170 milhões) em uma Série B liderada pela Lightrock (com participação de Kaszek e Prosus), planejando investir em tecnologia e expandir presença nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Esses movimentos, como levantado pelo Insurtech Brasil, sugerem que o Brasil está consolidando sua posição como polo de inovação em seguros. Com a demanda por tecnologia e eficiência crescendo, 2025 promete ser um ano de consolidação e expansão para o setor.

Veja abaixo as principais rodadas de investimentos em insurtechs no Brasil em 2024:

1. Loovi – R$ 45 milhões (US$ 8,4 milhões)

Em uma rodada seed, a Loovi, que oferece serviços e seguros para veículos via plataforma digital, captou R$ 45 milhões. O capital será usado em contratações, tecnologia, marketing e novas parcerias com corretores, ampliando sua distribuição e alcance no mercado automotivo.

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2. Pipo Saúde – R$ 35 milhões (US$ 6,5 milhões)

Em uma extensão da Série A liderada pela Kaszek Ventures, a healthtech de gestão de planos de saúde corporativos captou recursos para otimizar serviços para clientes como SumUp e Meliuz, destacando-se na interseção entre saúde e seguros.

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3. BlueCyber – US$ 1,5 milhão (R$ 7 milhões)

Liderada pela Invisto, com participação da Bossa Invest, essa rodada seed impulsiona a BlueCyber, uma MGA que oferece seguros cibernéticos para PMEs e famílias. Com a aquisição da ISMAC, a empresa agrega uma plataforma de segurança com IA, mirandoexpansão.

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4. Lina – R$ 8 milhões (US$ 1,5 milhão)

Liderada pela MSW Capital, através do fundo MSW MultiCorp 2, essa rodada impulsionou a Lina, uma infratech que fornece tecnologia para compartilhamento de dados e serviços no Open Insurance. Fundada em 2020 por executivos do mercado financeiro, a startup visa conectar instituições financeiras e seguradoras ao ecossistema Open Finance, com parcerias como B3 e BB Seguros, acelerando a adoção de soluções “open” no Brasil.

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5. Stoa – R$ 2 milhões (US$ 373 mil)

Primeiro equity crowdfunding em startups de seguros no Brasil, realizado via EqSeed com 127 investidores, a Stoa captou o valor para digitalizar a gestão de seguros, focando em marketing e integrações com seguradoras.

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6. PsycoAI – R$ 2 milhões (US$ 373 mil)

Essa rodada pré-seed foi captada pela healthtech de Belo Horizonte para expandir soluções de saúde mental baseadas em IA, atendendoclientes como Dr. Consulta e Hospital Santa Joana, na fronteira entre saúde e tecnologia.

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7. Conversu AI – R$ 1 milhão (US$ 186 mil)

Em uma rodada pré-seed, a startup destinou o aporte para ampliar suas soluções de automação com IA no atendimento do setor de seguros, apostando em eficiência e escalabilidade.

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