Embedded Insurance: revolução na distribuição de seguros

Assunto foi tema do painel ‘Embedded Insurance: Tecnologia e Revolução da Distribuição’, durante o Insurtech Brasil 2022

Os seguros integrados não são novidade na indústria de seguros, mas este é um dos temas mais quentes em 2022 . “As empresas do setor precisam se movimentar de acordo com a agenda. Mas a agenda da Europa, não necessariamente, é a mesma da América Latina”, disse Thiago Soares, Advisor Head LatAm da Stere.io, na abertura do painel ‘Embedded Insurance: Tecnologia e Revolução na Distribuição’, durante a programação do Insurtech Brasil 2022.

A previsão, segundo os especialistas, é que a modalidade de “seguros integrados deve movimentar US$ 3,4 trilhões no embedded insurance e US$ 7 trilhões no embedded finance até 2030. “Somos testemunhas de três gerações convivendo ao mesmo tempo. A geração de millenials nem sabem o que é omnicanal, pois já quebraram completamente essa barreira”, afirmou Luiz Carlos Pires, Growth Product Manager na Assurant. 

Os especialistas apresentaram dados, que reforçam a necessidade de times bem capacitados e facilidades para que os clientes possam adquirir soluções da indústria seguradora em seus canais de compra favoritos, Outra dor do consumidor é que, por vezes, ele nem sabe da existência dos produtos de seguros. “O embedded é uma solução que foca na experiência do consumidor, em que conseguimos apresentar o seguro certo, no momento certo.  O mercado muda muito rápido e ninguém acorda querendo comprar um seguro”, ponderou Thiago Soares ao reforçar a importância de ferramentas como a Internet das Coisas (IoT) para mitigar o acontecimento de fraudes e na personalização de produtos

O seguro quando e onde ele é necessário

Para Mauro Levi D’Ancona, CEO e cofundador da 180º Seguros, a maneira da distribuição foi completamente alterada. “Alguns não querem ir em um lugar físico para resolver suas coisas. Como atingir essas pessoas? Existem diversos novos canais e os corretores precisam de novas ferramentas para fazer relacionamento com seus clientes, sempre demonstrando foco na satisfação – ofertando o seguro certo, para o cliente certo, no momento certo”, afirmou.

Mauro abordou a importância de se pensar na jornada e como sempre melhorar a experiência desse cliente e do parceiro que está realizando a distribuição. “Existem empresas, hoje em dia, que também apostam no relacionamento. Uma empresa ofereceu, por exemplo, um ano de Seguro Residencial gratuito para aumentar a interação com seus consumidores”, revelou.

De acordo com o CEO e cofundador da 180º Seguros, é preciso ter expertise para promover transformações na indústria de seguros. “É um mercado regulado e que exige atenção para muitas coisas.

Queremos trazer novas formas cada vez mais rápidas e efetivas para vendas de seguros. Para isso, queremos conciliar o mundo da tecnologia com o mundo dos seguros. Esses dois mundos são essenciais”, declarou ao também ponderar que a taxa de conversão e a atuação digital são desafiadoras, mas possibilitam a criação de novos produtos e soluções. 

“Vejam o exemplo dos seguros flexíveis, ou dos recentes Bolsa Protegida/PIX – por exemplo. Este produto teve baixa adesão ao ser oferecido no pagamento de R$ 90 mensais, mas teve uma explosão ao ser oferecido na oferta flexível – por hora”, exemplificou o painelista ao lembrar que é necessário compreender o contexto e pensar em todos os pontos de interação com o cliente. “As pessoas não acionam os seguros porque, muitas vezes, nem sabem como fazer isso”, complementou.

Para Thiago Soares, Advisor Head LatAm da Stere.io , é preciso refletir sobre como entregar essas soluções de forma transparente e digital. “O seguro integrado é como aquele posto de gasolina em uma rodovia, que antes ficava no centro da cidade do interior”, evidenciou ao demonstrar que o foco dessa jornada é oferecer o melhor produto e a melhor experiência para esse segurado.

“Os produtos precisam sempre acompanhar a jornada que o cliente precisa. O processo pode se dar em qualquer segmento de seguros. Desenhe a jornada, teste e vá adaptando”, aconselhou ao analisar o desafio de tornar as soluções escaláveis. “Por isso é importante contar com parceiros que já fizeram isso e podem implementar tudo mais rapidamente”, disse ao citar parceiros que tenham conhecimento em seguros, jornada do cliente, gateway de pagamentos, certificados, desenvolvimento de plataformas. 

Thiago, mencionou o fato de a indústria de seguros sempre pensar em inovação. “Em algum momento, por exemplo, não existia o perfil no Seguro Auto”, citou. “Se a oferta fizer sentido, o consumidor irá comprar”, acrescentou.

Desafios no atual cenário

O momento desafiador do ambiente de negócios, mas, na visão de Pires, “seguindo o modelo de negócios não tem como dar errado”. “O embedded insurance tem oportunidade de crescer. É preciso ouvir as pessoas e entender o que o cliente precisa utilizar. É preciso, também, conhecer sobre subscrição e fazer gestão de risco junto à seguradora”, ele ainda lembrou que “não é o produto que define o canal de vendas e sim o oposto. 

“Conhecendo o cliente, você conseguirá evitar fraudes. A inteligência de dados possibilita essas avaliações e essas soluções das Insurtechs podem ser ‘plugadas’ para ajudar nesse processo”, finalizou Luiz Carlos Pires.

A 5ª edição do Insurtech Brasil contou com o apoio da Sensedia, Innoveo, D1 – Zenvia, Planetun, Suthub, Autovist, Guy Carpenter, fitinsur, Carbigdata, Coover, Guidewire, Onze, Souza Melo Torres, Hannover Re, MAG, BNP Paribas Cardif e Bluecyber.

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