Chilena planeja iniciar operações no México, Colômbia, Argentina e Equador nos próximos meses

Depois de iniciar as operações no Brasil, a insurtech chilena Betterfly segue com seu plano de expansão para novos mercados na América Latina. Nos próximos meses, vai iniciar suas operações no México, Colômbia, Argentina e Equador. O objetivo é chegar a 100 milhões de clientes até 2025. Futuramente, os planos da empresa incluem a expansão para Europa e Estados Unidos. Um dos movimentos recentes inclui a sede para Miami, com foco nestes potenciais novos mercados.

Criada há cerca de um ano, a empresa recebeu o maior investimento em uma startup ligada ao mercado segurador. A rodada foi liderada pela DST Global, com um grupo de fundos como Softbank, Valor Capital e Endeavor Catalyst. A empresa levantou US$ 60 milhões para começar sua expansão internacional a partir do Brasil, onde tem atualmente 35 clientes, todos empresas, conta o responsável pela operação brasileira, Leonardo Lima. A expansão internacional começou pelo país por ser considerada uma das mais complexas. Além da dimensão continental, há barreiras como o idioma. Atualmente, no Chile, a plataforma reúne mais de 2 mil clientes, mas não divulga o número de usuários.

A Betterfly integra soluções de bem-estar, seguro e impacto social. Com foco em empresas, a insurtech oferece uma assinatura de benefícios digital, que dá a cada funcionário um seguro de vida dinâmico. A cobertura cresce a partir da prática de hábitos saudáveis em sua rotina diária. Com os benefícios, também é possível contribuir com ações sociais. Todas as informações são sincronizadas por aplicativos de smartphones e smartwatches. O cliente também tem acesso a serviços como telemedicina e consultas on-line com nutricionistas.

No Brasil, os planos variam de R$ 19,90 a R$ 29,90 por mês, por meio de uma parceria com a Icatu. Nos outros países latino-americanos, incluindo o Chile, a Chubb foi a escolhida como provedora preferencial dos seguros.

A insurtech está de olho em um mercado com potencial de crescimento. Assim como no Brasil, a maioria das pessoas na América Latina não possui cobertura de seguro de vida. Um estudo do Instituto Swiss Re, de 2020, aponta uma lacuna de proteção de mortalidade de US$ 14 trilhões na região.

“Nosso apetite é grande, à medida que as coisas seguem dando certo vai seguir havendo interesse dos investidores de colocar mais fôlego, mais crescimento. No momento estamos capitalizados para seguir no mercado”, disse Lima. Em setembro, a empresa anunciou a compra da startup brasileira Xerpa, da área de recursos humanos, e cujo principal produto é o Xerpay, uma plataforma de saúde financeira. Ao mesmo tempo, adquiriu outras cinco startups no Chile.

O centro da plataforma está baseado no seguro de vida dinâmico. Mas outros produtos relacionados a proteção financeira, por exemplo, podem ser incluídos. No Chile, foi lançado um seguro covid. O segurado que for infectado recebe uma contribuição que paga despesas que o plano de saúde não cobre. E, para cada empresa que contrata o seguro covid, a Betterfly doa uma proteção do mesmo tipo para população vulnerável.

Fonte: Por Juliana Schincariol para o Valor