Pier Seguradora demite 111 pessoas nesta quinta-feira

Insurtech oferece seguro celular e auto via aplicativo e é a principal startup de seguros do pais; 111 pessoas foram afetadas pelo corte

A seguradora digital Pier foi mais uma das empresas a fazer um ajuste no número de colaboradores no começo desse ano. A insurtech, que oferece seguros celular e seguro auto, reduziu o número de colaboradores em 111 pessoas.

Ajustes como esses são comuns em startups e são conhecidos como rightsizing, em que se busca a adequação do tamanho do time à nova realidade da empresa – considerando tanto fatores mundiais, como a disponibilidade de capital de risco quanto fatores locais, quanto o cenário político econômico.

Esperamos que essa mudança signifique uma redução apenas no número de colaboradores e não no tamanho dos sonhos e ambições da Pier, que veio para revolucionar o mercado de seguros brasileiro.

Procurada pela redação, a Pier esclarece que a reorganização do seu quadro de colaboradores é fundamental para o início de uma nova fase de crescimento da companhia. 

O objetivo é manter o expressivo avanço dos seus negócios e sua eficiência operacional, garantindo a alta rentabilidade, reduzindo as despesas e equilibrando o financiamento entre o curto e o longo prazo. 

A Pier agradece a dedicação destes profissionais ao longo dos últimos anos e reitera seu compromisso com o cuidado com as pessoas. 

Segundo a empresa, todos os direitos trabalhistas dos profissionais serão cumpridos e, adicionalmente, a empresa concederá um pacote extra de assistência para todos: extensão dos seus planos de saúde pelo período de dois meses; consultoria especializada para recolocação profissional durante três meses; acesso ao Zenklub (plataforma online de saúde emocional) e ao Gympass (benefício corporativo com foco em bem estar físico e mental) por dois meses.

Fonte: LayOff – Pier Seguradora, planilha pública.

Crise nas startups

Conhecidas por contratar centenas de funcionários ao mês, as startups têm realizado centenas de demissões pelo mundo – o fenômeno não é exclusivo do Brasil. O período tem sido batizado de “inverno das startups”, após a onda positiva causada pela digitalização da pandemia nos últimos dois anos.

As demissões ocorrem como reajuste de rota em meio à mudança de cenário econômico com queda no consumo e redução nos investimentos de risco, decorrentes de taxas de juros mais altas no mundo. Nesse cenário, investidores viram as costas para investimentos de risco, como startups. Com isso, levantar rodadas tem sido mais difícil do que durante a pandemia, quando o apetite dos investidores por risco era maior.

O processo tem sido especialmente duro com as startups maiores, que estão no momento conhecido como “late stage”. Nesse estágio de maturidade, as empresas queimam dinheiro velozmente na tentativa de crescer e ganhar mercado – sem o dinheiro, elas precisam preservar caixa para sobreviver.

Entre os unicórnios nacionais que já fizeram demissões em massa em 2022 estão Alice, 99, Loggi, QuintoAndar, Loft, Facily, Vtex, Ebanx, MadeiraMadeira, Mercado Bitcoin, Olist, Unico, Hotmart, Dock e Wildlife. A mexicana Kavak, maior unicórnio da América Latina, também fez cortes severos na operação brasileira.

Crise nas startups

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