Um ano após tragédia no Rio Grande do Sul, empresas contratam mais seguro paramétrico para se precaver de prejuízos com eventos climáticos extremos

Segundo corretora Marsh Brasil, entre 2023 e 2024, houve avanço de até 25% na contratação de apólices paramétricas

Um ano após as históricas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, as empresas vêm buscando, cada vez mais, proteção para seus negócios com a busca por seguros paramétricos, modalidade de apólice estruturada com base em parâmetros de riscos climáticos como excesso ou falta de chuva, vento, sol, temperatura, entre outros.

Na corretora de seguros e consultoria de riscos Marsh Brasil, as contratações desse tipo de seguro cresceram 20% entre 2023 e o ano passado. A procura pela proteção tem sido maior por empresas de agronegócio, geração de energia elétrica e indústria de recursos naturais.

Com o seguro paramétrico, as empresas podem evitar perdas financeiras que variam de 30% a 70% em comparação com a ausência de cobertura para esses riscos climáticos, de acordo com estimativas da empresa.

“Essa tendência de maior procura reflete a crescente conscientização das empresas sobre a importância de se protegerem contra eventos climáticos extremos, e a busca por soluções mais eficazes para mitigar riscos associados às mudanças climáticas”, observa Ângela Lacerda, superintendente de seguro de crédito, garantia e paramétrico da Marsh Brasil.

Com o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como inundações e secas, segundo a corretora, as seguradoras estão reavaliando seus modelos de risco para se adaptarem a essa nova realidade.

“Com as inundações de 2023 e 2024, e a seca que afetou o Rio Grande do Sul entre 2020 e 2022, o mercado de seguros está em alerta e pode rever as suas tarifas para refletir esses novos cenários de riscos”, diz.

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