De coberturas mal compreendidas a contratos genéricos, especialistas alertam para os vazios de proteção que colocam sonhos e patrimônios em risco
Você acredita que o seguro do cartão de crédito cobre qualquer imprevisto durante uma viagem? Ou que o seguro do carro também protege os objetos pessoais deixados dentro dele? Muita gente sim. E está enganada.
No Brasil, cresce o número de pessoas com algum tipo de seguro, mas, paralelamente, também aumentam os casos de frustração por coberturas negadas. A explicação está na falsa sensação de segurança criada por contratos mal compreendidos ou genéricos, que não refletem as reais necessidades do segurado.
“A maioria das pessoas só descobre que não estava protegida quando mais precisa”, afirma Gustavo Zanon, CEO da Seguralta, maior rede de seguros do país. “O seguro ideal não é o mais caro, nem o mais vendido, é o que faz sentido para o momento de vida, os projetos e os riscos reais de cada pessoa ou família”.
Os principais “vazios” de proteção
De acordo com especialistas do setor, há três lacunas comuns que muitas vezes passam despercebidas:
Seguro do cartão de crédito: frequentemente limitado a alguns tipos de cobertura em viagens, como bagagem extraviada ou morte acidental, e válido apenas se a compra foi feita com o cartão. Roubo de celular, acidentes domésticos ou imprevistos médicos fora do país quase nunca estão contemplados.
Seguro auto: o foco principal está no veículo, não no conteúdo dentro dele. “Na prática, objetos pessoais deixados no interior do carro são considerados risco excluído, e não há possibilidade de contratação direta dessa cobertura no seguro auto tradicional”, alerta Zanon.
No entanto, existem coberturas adicionais que podem ser contratadas para ampliar a proteção do veículo:
Cobertura de pneus e rodas: cláusula que indeniza danos causados por buracos, guias ou objetos na pista, além de acidentes que afetem rodas, pneus e, em alguns casos, calotas. Normalmente cobre troca ou reparo com limite de eventos por ano.
Cobertura de pequenos reparos: garante consertos rápidos e estéticos, como riscos, amassados leves e retoques de pintura. Costuma ser oferecida via martelinho de ouro ou polimento, sem acionar a franquia principal.
Outra alternativa é a contratação de um seguro para equipamentos portáteis, como celulares, notebooks ou tablets. Trata-se de um produto totalmente separado do seguro auto. Caso o segurado possua esse tipo de apólice e os itens sejam roubados de dentro do carro, é possível receber a indenização, desde que respeitadas as condições contratuais.
Seguro saúde: diferente do plano de saúde tradicional, esse tipo de seguro reembolsa despesas médicas ou hospitalares, em caráter nacional ou internacional. Porém, muitas pessoas contratam sem compreender as carências, limites de reembolso e exclusões. “Alguns produtos só cobrem internações de emergência, outros exigem co-participação alta. A análise técnica é essencial para evitar surpresas”, explica o CEO da Seguralta.
Por onde começar a se proteger?
A dica principal é: pensar em seguro como uma estratégia de proteção, e não como um gasto eventual. “A gente se preocupa em realizar sonhos, mas nem sempre em protegê-los. Um bom seguro de vida, por exemplo, pode ser a diferença entre manter um padrão de vida ou enfrentar dificuldades financeiras em momentos críticos”, diz Zanon.
Na Seguralta, a abordagem é personalizada e consultiva. Os corretores buscam entender o perfil do cliente, sua família, rotina, bens e objetivos, para indicar as soluções mais compatíveis. “Não vendemos promessas. Oferecemos segurança para que as pessoas vivam com mais tranquilidade”, finaliza Gustavo.