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O que seguradoras podem aprender com os US$40bi em perdas por incêndios na Califórnia

A Swiss Re, uma provedora de resseguros, utilizou sua experiência em riscos de catástrofes naturais para identificar lições importantes com base na experiência dos incêndios florestais na Califórnia, que são cada vez mais relevantes para as seguradoras em toda a Europa.

A crescente frequência e intensidade dos incêndios florestais em todo o mundo — impulsionados por mudanças climáticas, alterações no uso do solo e atividades humanas — sinalizam uma exposição crescente para o setor de seguros europeu.

Com base em dados, experiência em sinistros e insights de modelagem de risco, a Swiss Re descreve como as seguradoras europeias podem antecipar, mitigar e gerenciar melhor as perdas relacionadas a incêndios florestais, aprendendo com os eventos nos Estados Unidos, particularmente na Califórnia.

Em janeiro de 2025, o condado de Los Angeles enfrentou dois grandes incêndios florestais que destruíram mais de 16.000 estruturas e queimaram mais de 30.000 acres. Este evento, que a Swiss Re estima ter causado aproximadamente US$ 40 bilhões em perdas seguradas, tornou-se um dos desastres florestais mais caros já registrados.

Condições excepcionalmente secas e quentes, agravadas pelos ventos prolongados de Santa Ana e pelos recursos de combate a incêndios sobrecarregados, transformaram o que poderia ter sido um risco contido em uma catástrofe. Em maio, as perdas seguradas relacionadas a incêndios florestais em todo o mundo já haviam excedido os maiores totais anuais anteriores, de acordo com a análise da Swiss Re.

A Swiss Re tem acompanhado de perto a evolução dos incêndios florestais na Europa, onde as condições estão mudando rapidamente. A Agência Europeia do Meio Ambiente identificou a Europa como o continente que mais rapidamente está se aquecendo, com incêndios florestais que devem se tornar mais frequentes e intensos, mesmo em cenários climáticos relativamente otimistas.

Eventos passados já apontam para essa tendência: incêndios florestais devastadores em Portugal em 2017, incêndios perto de Atenas em 2024 e incêndios urbanos em Londres durante a onda de calor de 2022 são apenas alguns exemplos.

Dados do sistema Europeu de informação sobre incêndios

Florestais mostram um claro aumento tanto no número quanto na escala dos incêndios em toda a região. A Swiss Re alerta que indicadores históricos sugerem que países como França, Itália, Portugal, Espanha e Grécia podem enfrentar incêndios florestais que resultarão em perdas econômicas superiores a 2,5 bilhões de euros.

As conclusões da Swiss Re enfatizam que um dos desafios mais urgentes reside no desenvolvimento contínuo do que é conhecido como interface urbano-florestal (WUI, na sigla em inglês) — áreas onde os edifícios e a vegetação selvagem se encontram.

Na Califórnia, o número de residências nessas zonas de alto risco cresceu 23% em três décadas, aumentando tanto a exposição ao fogo quanto o risco de incêndio. Na Europa, padrões de desenvolvimento semelhantes são visíveis. Por exemplo, em Portugal, mais de 60% das zonas industriais estão localizadas perto de áreas florestais propensas a incêndios.

A Swiss Re destaca a necessidade de os formuladores de políticas e planejadores urbanos europeus repensarem o desenvolvimento em zonas propensas a incêndios e evitarem repetir os padrões observados em regiões de alto risco, como a Califórnia.

A acessibilidade e a disponibilidade de cobertura de seguro também estão se tornando preocupações importantes. Na Califórnia, os riscos crescentes de incêndios florestais tornaram os preços dos seguros e a conformidade regulatória cada vez mais difíceis, levando algumas seguradoras a se retirarem de áreas de alto risco.

Os dados da Swiss Re indicam que, na região EMEA, a lacuna de proteção contra catástrofes naturais era de 70% em 2024 — muito superior à lacuna de 43% nos Estados Unidos.

A Swiss Re enfatiza que, para manter a segurabilidade em zonas de alto risco, os preços devem refletir todo o espectro de custos relacionados a incêndios florestais, incluindo eventos mais frequentes e graves. Subsídios direcionados podem ser necessários para garantir que as populações vulneráveis ainda tenham acesso ao seguro, especialmente em países como Grécia e Portugal, onde o risco de incêndios florestais coincide com uma penetração relativamente baixa do seguro.

As complexidades da modelagem de incêndios florestais representam outro desafio para as seguradoras. A Swiss Re destaca que, ao contrário de muitos outros perigos naturais, os incêndios florestais são fortemente influenciados por fatores humanos, incluindo fontes de ignição, práticas de gestão da terra e projeto de edifícios.

Os modelos de risco tradicionais muitas vezes não levam em conta essas complexidades. A Swiss Re tem investido em ferramentas de avaliação de risco mais avançadas para lidar com essa lacuna. Sua plataforma proprietária, CatNet®, integra dados granulares — incluindo topografia, padrões históricos de incêndios e projeções climáticas — para mapear potenciais pontos críticos de incêndios florestais em toda a Europa.

Além disso, a parceria da Swiss Re com a Bellwether está permitindo previsões de probabilidade de incêndios florestais específicas para cada local, com base em mais de 600 camadas de dados geoespaciais. Embora atualmente disponível na América do Norte, há planos para estender esses recursos à Europa, fornecendo às seguradoras insights mais refinados para apoiar a subscrição e a seleção de riscos.

A Swiss Re também ressalta a importância de abordar o risco de acumulação — em que as seguradoras mantêm exposição significativa em uma área concentrada propensa a incêndios florestais. Esse risco é particularmente grave em regiões com alta densidade populacional e exposição crescente a

A Swiss Re também ressalta a importância de abordar o risco de acumulação — quando as seguradoras têm exposição significativa em uma área concentrada propensa a incêndios florestais. Esse risco é particularmente grave em regiões com alta densidade populacional e exposição crescente a perigos causados pelo clima.

Em colaboração com seus parceiros de seguros, a Swiss Re presta consultoria sobre como avaliar e diversificar carteiras, estabelecer termos de cobertura claros e implementar controles rigorosos de acumulação para evitar perdas desproporcionais decorrentes de um único evento catastrófico.

Complexidade dos sinistros relacionados a incêndios florestais

Outra lição importante dos incêndios florestais na Califórnia diz respeito à complexidade dos sinistros relacionados a incêndios florestais. A experiência da Swiss Re em sinistros mostra que os incêndios florestais muitas vezes acarretam custos além dos danos diretos causados pelo fogo.

Despesas com deslocamento, contaminação por fumaça e cinzas, efeitos secundários como deslizamentos de terra e responsabilidades legais aumentam o ônus financeiro. Na Califórnia, estruturas jurídicas únicas permitem a sub-rogação contra concessionárias de serviços públicos, mesmo sem negligência comprovada, reduzindo o ônus das perdas para as seguradoras de propriedades.

Embora essa doutrina jurídica não seja comum na Europa, a Swiss Re destaca que a sub-rogação ainda é possível e pode se tornar mais relevante à medida que os litígios relacionados a incêndios florestais se tornam mais sofisticados. No entanto, os resultados são incertos e muitas vezes levam anos para serem resolvidos.

Preparação e prevenção são duas áreas em que a Swiss Re acredita que a Europa pode agir de forma mais decisiva. Historicamente, tanto nos EUA quanto na Europa, as estratégias de resposta priorizaram a supressão em detrimento da prevenção. No entanto, a escala e a frequência crescentes dos incêndios exigem cada vez mais uma redução proativa dos riscos.

A Swiss Re observou mudanças positivas nas políticas, como a legislação pós-2017 de Portugal que exige a limpeza da vegetação e apoia a manutenção florestal.

No entanto, a aplicação da lei continua inconsistente em muitos países europeus devido a restrições de recursos. A Swiss Re recomenda que a prevenção se torne um componente mais central da estratégia de risco de incêndios florestais, com seguradoras, governos, serviços públicos e comunidades trabalhando em coordenação.

Por fim, a Swiss Re enfatiza que os esforços de reconstrução após um incêndio florestal devem priorizar a resiliência. Muitas vezes, a reconstrução se concentra na velocidade, em vez da proteção a longo prazo. As lições da Califórnia mostraram que reconstruir sem mudanças nos padrões de projeto ou planejamento pode levar a perdas repetidas.

A Swiss Re defende códigos de construção mais rigorosos, práticas de zoneamento revisadas e o uso de materiais resistentes ao fogo em áreas vulneráveis. Os preços dos seguros podem apoiar isso, enviando sinais claros sobre os níveis de risco e orientando as decisões de desenvolvimento futuro.

Embora a exposição atual da Europa ainda seja moderada em comparação com os EUA, todos os indicadores sugerem que esse risco aumentará.

Ao aplicar os insights da Califórnia e aproveitar as ferramentas desenvolvidas pela Swiss Re, as seguradoras europeias podem fortalecer sua resiliência e ajudar a proteger as comunidades em todo o continente.

Serasa Experian e TEx abrem as portas para corretoras de seguros e seguradoras e buscam novos consumidores para o mercado

Iniciativa visa democratizar o mercado segurador ao ampliar a base de segurados no Brasil

Em um movimento que coloca milhões de brasileiros no centro da jornada de proteção, a Serasa Experian marca o seu ingresso no mercado nacional de seguros, abre suas portas para corretoras e seguradoras e oferece serviços de proteção a milhões de novos consumidores.

Desde junho do ano passado, quando incorporou a TEx em seu portfólio, a Serasa Experian estudava a melhor maneira de disponibilizar ofertas de seguros à sua audiência, contribuindo para ampliar um setor que movimentou mais de R$ 435 bilhões em 2024. Numa primeira etapa, Serasa e TEx se unem ao Grupo Autoglass e sua marca Maxpar para colocar no mercado produtos de assistência a preços acessíveis.

“O objetivo é criar uma jornada inicial de proteção que estimule mais brasileiros a fazer parte do ecossistema de seguros. As assistências oferecidas pelo aplicativo são apenas o começo. Queremos evoluir para soluções mais robustas, mantendo os corretores no centro da nossa estratégia”, explica Emir Zanatto, Head de Seguros da Serasa Consumidor.

O aplicativo da Serasa conecta usuários que buscam organizar sua vida financeira a serviços de proteção. O objetivo é proporcionar uma jornada interligada, do nome limpo ao crédito, da educação financeira à contratação de seguros. “Queremos ampliar a base de segurados no Brasil, aproximando o mercado de seguros a um consumidor que historicamente estava distante das soluções de proteção”, prevê Thais Pfeiffer, Diretora de Finanças e Seguros da Serasa Experian.

Uma pesquisa realizada pela Serasa revela que 54% dos entrevistados disseram não possuir seguro por não caber no orçamento familiar e outros 40% consideram o serviço “muito caro”. Segundo Thais Pfeiffer: “Para muitos brasileiros, este será o primeiro contato com um produto de proteção. E, de acordo com levantamento interno, 70% dos consumidores comprariam seguros pelo APP da Serasa.”

“Temos um mercado em potencial de aproximadamente 100 milhões de brasileiros. Sabemos que é um começo e um aculturamento para nossos consumidores, que já vem gerando dados positivos. Com pouco mais de um mês da disponibilização das assistências no app já identificamos 400 mil consumidores interessados.”

A primeira assistência (automotiva), foi lançada em abril e esse mês iniciaram as ofertas de assistências residencial e saúde.

A executiva ainda ressalta que, no segundo semestre de 2025, a empresa inicia a segunda etapa de expansão: “Seguimos ampliando a oferta de produtos de proteção, oferecendo ao consumidor a opção de cálculo de seguro auto em nossa plataforma”. Nesse primeiro momento, os clientes interessados na contratação de seguro auto serão direcionados para as seguradoras, que farão a distribuição desses leads qualificados para os corretores de seguros.

Emir complementa explicando que as corretoras serão diretamente integradas ao aplicativo da Serasa na terceira fase, assim que a tecnologia necessária para comportar o grande volume de dados da Serasa estiver concluída. “São 24 milhões de brasileiros acessando o aplicativo todos os meses. Com a oferta de seguro auto dentro da plataforma, iremos enviar uma grande quantidade de leads, já pré-acordados, diretamente para os corretores.”

Corretoras e seguradoras como ponto estratégico

Há mais de 15 anos no mercado, a TEx é reconhecida especialmente pelo TELEPORT, plataforma de MultiCálculo e Gestão que atua como o coração operacional de centenas de Corretoras, modelo que será reforçado com a nova plataforma. O TELEPORT viabiliza a cotação, venda de seguros e a gestão da carteira de clientes. Às seguradoras, oferece soluções avançadas de inteligência de dados, otimizando a precificação e insights sobre como as ofertas são percebidas pelos corretores.

“O que faltava no ecossistema era justamente o consumidor final. Em breve, com a integração de corretores ao ecossistema, esses novos consumidores representarão oportunidades valiosas para a oferta de seguros mais complexos e sofisticados”, ressalta Zanatto.

As corretoras que já utilizam o TELEPORT contarão com um novo canal de aquisição, potencializando suas operações com inteligência de dados, escala, inteligência e profundidade de dados, agora em parceria com uma das marcas mais reconhecidas do Brasil.

Em paralelo a TEx está evoluindo todo o seu portfólio de soluções — TELEPORT, nimble, TEx Mercado, TEx Predicts e TEx Analytics. “Nossa meta é criar um ecossistema ainda mais completo, que acompanhe o consumidor desde a assistência inicial até a contratação de seguros mais robustos, sempre em parceria com corretoras parceiras“, reforça Emir.

Ao combinar tecnologia, acessibilidade e estratégias baseadas em dados, a companhia visa conectar milhões de brasileiros ao mercado de seguros, oferecendo soluções financeiramente acessíveis e integradas, sem abrir mão da parceria estratégica com os corretores.

InsureMO debaterá “Tecnologia para distribuição” no Insurtech Brasil 2025

Rafael Rodrigues, General Manager Latam do InsureMO

O InsureMO (Insurance Middle Office), plataforma global de infraestrutura tecnológica para players de seguros, vai aproveitar o Insurtech Brasil 2025 para debater a importância da tecnologia no processo de distribuição de seguros. O encontro acontecerá em São Paulo, no dia 03 de julho, e debaterá as tendências e os desafios do setor para este ano.

O evento é considerado estratégico pela multinacional por ser o principal encontro de tecnologia, inovação em seguros e insurtechs do país. São esperados mais mil conferencistas entre executivos e representantes de seguradoras, insurtechs, corretoras; empresas de tecnologia e outros players que possuem interesse no setor, como fintechs, varejistas e big techs.

Um dos painéis de maior destaque será “Tecnologia para distribuição: transformação digital na conexão de seguradoras e parceiros”, que contará com participação de Rafael Rodrigues, General Manager Latam do InsureMO. Ao longo dos últimos anos, a empresa foi se consolidando como uma especialista no desenvolvimento de negócios voltados ao Embedded Insurance (seguros integrados).

“Atualmente contamos com a parceria de 14 seguradoras brasileiras e temos quase dez mil APIs prontas. Nossa meta agora é ampliar os canais de distribuição existentes, além de desenvolver novas soluções para corretores e com aplicação da inteligência artificial (IA). Nesse ponto, o evento oferece uma excelente oportunidade de networking e negócios”, disse.

Segundo Rafael, a multinacional deve anunciar em breve algumas novidades, como a inclusão da (IA) nas áreas de atendimento e sinistros. “Vamos ampliar as oportunidades de negócio porque estamos em sintonia com o que busca todo o mercado segurador. Essa é uma tendência que tem ganhado força, especialmente no que diz respeito a experiência do cliente (UX), aceleração do atendimento digital humanizado e menor custo operacional para os players”, completou.

Outro ponto a ser explorado pelo InsureMO através da digitalização e aceleração de negócios estará nas plataformas para corretores, que tem promovido investimentos em busca de melhorias e mudanças de conceito com foco no atendimento personalizado.

“Com base na nossa experiência internacional, vemos no Brasil um enorme potencial a ser explorado nesses segmentos. Já existem diversas empresas interessadas em comercializar produtos de seguros de maneira eficaz — especialmente com a IA embargada na solução para todo o ecossistema de seguros — além das plataformas de corretores, que tem buscado soluções para se tornarem cada mais ágeis e digitais”, concluiu Rafael.

Mitos e verdades sobre a contratação de seguros empresariais

A contratação de seguros ainda é cercada por mitos. Para André Andrade, da Avla Brasil, o seguro deve ser visto como investimento estratégico para a continuidade dos negócios

Ainda há muitos mitos e incertezas sobre a contratação de seguros empresariais. Para algumas empresas, o seguro continua sendo visto apenas como uma exigência burocrática, quando na verdade, pode ser uma ferramenta essencial para proteger o negócio, minimizar riscos e garantir a continuidade das operações diante de imprevistos.

Para André Andrade, head de Marketing da Avla Brasil, insurtech especializada em soluções para o setor B2B, entender o papel estratégico do seguro é fundamental para qualquer organização, independentemente do porte ou segmento. E para entender melhor quais informações são ou não verdadeiras, ele traz alguns pontos que ainda podem ser motivo de dúvidas.

Seguro empresarial é só para grandes empresas: MITO

Negócios de todos os tamanhos estão expostos a riscos. Pequenas e médias empresas também precisam de proteção personalizada, com coberturas adequadas à sua realidade. O importante é entender as particularidades da operação e buscar soluções que façam sentido para o perfil do negócio.

O seguro cobre mais do que danos físicos: VERDADE

As coberturas vão muito além da estrutura física. É possível incluir proteção de responsabilidade civil, contra fraudes internas e externas, interrupções nas atividades da empresa e até riscos digitais, como ataques cibernéticos e vazamento de dados.

Seguradoras não oferecem suporte e benefícios adicionais: MITO

Hoje, o seguro empresarial evoluiu para ser também uma ferramenta de gestão de riscos. Além das indenizações, muitas seguradoras oferecem serviços como consultoria, suporte jurídico, assistência emergencial e ações preventivas — ampliando a proteção e apoiando a empresa na continuidade de suas atividades.

É possível contratar seguro online, de forma rápida e prática: VERDADE

Com a digitalização do setor, processos que antes exigiam tempo e deslocamento agora podem ser feitos em poucos minutos. Cotações, envio de documentos e contratação de apólices estão acessíveis online, o que facilita especialmente para pequenos negócios.

Contratar um seguro padrão é a melhor opção para qualquer empresa: MITO

Cada empresa tem um perfil de risco diferente. Um restaurante, por exemplo, enfrenta desafios bem distintos de um e-commerce ou um escritório. Por isso, contar com uma análise personalizada é essencial para contratar um seguro que realmente ofereça a proteção necessária.

Seguro empresarial traz segurança e ajuda na continuidade do negócio: VERDADE

Em caso de sinistro, a apólice funciona como um suporte fundamental. Isso pode reduzir prejuízos, evitar interrupções prolongadas e pode até salvar a empresa de um fechamento definitivo. Diante de um cenário empresarial cada vez mais imprevisível, o seguro deixa de ser um item secundário e passa a ocupar um papel estratégico na gestão integrada das empresas.

À medida que os riscos do ambiente empresarial se tornam mais complexos, o seguro deixa de ser um item secundário para ocupar um lugar de destaque na gestão de negócios. Desmistificar conceitos ultrapassados é o primeiro passo para uma cultura empresarial mais preparada e resiliente. Seja para proteger o patrimônio, garantir a continuidade das operações ou fortalecer a imagem da marca, o seguro empresarial é uma decisão que combina cautela com visão de futuro.

5 Formas Como uma Conferência Profissional Impulsiona sua Carreira

Insurtech Brasil 2024 recepção

Participar de uma conferência é uma das melhores maneiras de fazer crescer sua carreira e os resultados financeiros do seu negócio de seguros. Aqui estão cinco razões para se inscrever hoje mesmo naquele próximo evento profissional.

1. Acesse insights e tendências do setor de seguros

Manter-se atualizado com a indústria de seguros:

• Especialistas da indústria e líderes compartilham suas ideias, insights e previsões em painéis e sessões de perguntas e respostas.
• Especialistas em seguros organizam discussões que preveem tendências, mudanças no comportamento do consumidor, alterações regulatórias e fatores econômicos que impactam a indústria.

2. Atualize seu conhecimento em tecnologia de seguros

A tecnologia impulsiona a indústria, e o suporte técnico em uma conferência mantém suas habilidades tecnológicas afiadas:

• Acompanhe as notícias no portal do evento
• Tenha contato com soluções que você não sabia que existiam e descubra se elas são adequadas para aagregar em sua empresa.
• Envolva-se com outros usuários que podem passar suas experiências com o produto ou serviço.
• Interaja com fornecedores que compartilham anúncios de produtos, discutem integrações tecnológicas e apoiam seus clientes atuais.

3. Aproveite as oportunidades de aprendizado

Nos painéis, os participantes ouvem especialistas sobre desafios e oportunidades atuais da indústria de seguros:

• Escolha as palestras que abordam os desafios mais relevantes para sua empresa.
• Personalidades conhecidas frequentemente encabeçam conferências para inspirar os participantes e definir o tom para dias de aprendizado, networking e descoberta.
• Compartilhe seus próprios pensamentos e insights para obter uma compreensão mais profunda dos eventos, questões e ideias que moldam os seguros.

4. Estabeleça conexões com líderes da indústria

Relacionamentos profissionais são os motores que impulsionam da indústria de seguros e há um alto potencial para conhecer alguém que se tornará uma parte influente da sua rede:

• Tenha interações cara a cara com colegas, mentores, líderes e especialistas da indústria que aumentam a probabilidade de obter referências, encontrar colaborações e maximizar avanços na sua carreira.
• Compartilhe suas experiências, frustrações e celebrações relacionadas ao trabalho em seguros.

5. Divirta-se avançando sua carreira

É importante fazer networking com colegas e líderes da indústria, aprender mais sobre tecnologia e tendências da indústria, e também é importante se divertir:

• A maioria das conferências de seguros oferecemm frequentemente happy hours e outros eventos que dão oportunidades para você relaxar e se divertir.
• Congressos e eventos fora de sua cidade trazem a oportunidade de viajar e descobrir a história local, comida, compras e outras atraçõesao mesmo tempo que você está construindo sua rede profissional e carreira.

Eventos da indústria são essenciais para profissionais que querem permanecer competitivos, expandir seu conhecimento e construir uma rede sólida. Ao se envolver ativamente com colegas e especialistas da indústria, você pode desbloquear oportunidades valiosas para crescimento e sucesso em sua carreira de seguros.

Junte-se a nós no principal evento de insurtech do Brasil

Não perca o Insurtech Brasil 2025 — o principal encontro de inovação e tecnologia em seguros do país.

Data: 3 de julho de 2025
Local: Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333, São Paulo – SP

• Participe de cinco trilhas paralelas de conteúdos exclusivos sobre os desafios do mercado de seguros para 2025.
• Explore temas relevantes como Inteligência Artificial, Open Insurance e modelos inovadores de negócios.
• Conheça a evolução do uso de dados e novas tecnologias no setor segurador.
• Participe da Trilha de Startups e Insurtechs, dedicada a apresentar novas empresas que podem revolucionar o mercado.
• Conecte-se com mais de mil profissionais, incluindo líderes, empreendedores e especialistas do setor.
• Descubra soluções que geram eficiência financeira e operacional para toda a cadeia de seguros.
• Faça networking em um ambiente focado em inovação e transformação digital do mercado segurador brasileiro.

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Quadrilhas forjam roubos, acidentes e até mortes para receber indenizações de seguros

Reportagem publicada pelo Fantástico e GloboNews

Golpes podem gerar cerca de R$ 2 bilhões em indenizações. Foram identificados quase 30 boletins de ocorrência suspeitos em Minas Gerais e São Paulo.

Uma investigação exclusiva do Fantástico revelou um esquema nacional de fraudes contra seguradoras, com casos que vão de falsos roubos de carga a um homem que simulou a própria morte para tentar receber R$ 2 milhões do seguro de vida.

No litoral do Paraná, Orlando Luiz Pires Júnior, de 49 anos, foi dado como morto após um suposto afogamento. A certidão de óbito foi emitida, e um amigo dele seria o beneficiário do seguro de vida. Dois meses depois, Orlando apareceu vivo em uma audiência trabalhista no interior do estado. A polícia o localizou em Jaguapitã, onde ele confirmou sua identidade.

O caso de Orlando é apenas um entre muitos. Em São Vicente (SP), um caminhoneiro denunciou um falso sequestro e roubo de carga avaliada em R$ 700 mil. A investigação revelou que ele fazia parte de uma quadrilha especializada em fraudes contra seguradoras. O grupo forjava crimes e revendia as mercadorias.

Em São Paulo, uma motorista alegou que teve o carro furtado. Imagens de câmeras de segurança mostraram que ela mesma voltou ao local e dirigiu o veículo embora. No Rio de Janeiro, outra mulher convenceu um mecânico a incendiar seu carro para simular um assalto. O mecânico desistiu e virou testemunha do caso.

No Ceará, dois motoristas encenaram um acidente de trânsito para tentar receber R$ 200 mil de indenização. A perícia concluiu que a batida foi proposital. Já no Mato Grosso, cinco motoristas usaram “carros dublê” para fraudar seguros contratados após acidentes reais. As fotos enviadas para a vistoria online não correspondiam aos veículos sinistrados.

Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras, apenas no primeiro semestre de 2024, os pedidos de indenização considerados suspeitos somaram mais de R$ 2 bilhões. As fraudes encarecem os seguros e prejudicam todos os segurados, afirma o advogado Luíz Felipe Pellon.

“É uma atividade que prejudica a todos, cria trabalho para a polícia desnecessariamente, a seguradora tem que criar estruturas para combater fraudes, tudo fica mais caro em função disso daí. O grande prejudicado é o próprio segurado”, aponta o advogado.

As polícias de São Paulo e Minas Gerais identificaram 26 boletins de ocorrência suspeitos, com relatos semelhantes de assaltos em suas capitais e outros sete municípios. Em muitos casos, os criminosos criavam roteiros detalhados para os motoristas cooptados seguirem nas delegacias.

No caso de Orlando, cinco pessoas foram indiciadas por estelionato e associação criminosa. A polícia do Paraná afirma ter convicção de que o grupo agiu em conjunto para fraudar o seguro. Todos os envolvidos já respondem na Justiça.

Veja a reportagem completa do Fantástico aqui.

Transformação digital nas seguradoras: onde os líderes estão errando

É fácil cair em uma armadilha que você não vê chegando, especialmente quando ela é atraente com promessas de transformação. É isso que está acontecendo agora no setor de seguros. Todos os meses, outra conferência, outra demonstração, outro artigo apregoa a próxima grande novidade: IA que promete processar um sinistro instantaneamente, chatbots que afirmam resolver atrasos no atendimento ou ferramentas de análise que podem prever cada movimento que seu cliente fará. Tudo isso parece impressionante.

Mas, após quatro décadas neste ramo, aprendi uma coisa: se parece bom demais para ser verdade, geralmente é. E, ainda assim, o setor de seguros continua caindo no mesmo padrão. De acordo com um estudo da McKinsey de 2023, apenas 30% das seguradoras relatam ter atingido suas metas de transformação digital e um número ainda menor vê um ROI sustentável.

Buscamos ferramentas brilhantes sem entendê-las completamente, investindo milhões em sistemas que não se integram. Chamamos algo de “transformador” antes mesmo de treinar nosso pessoal para usá-lo. Estamos em uma armadilha tecnológica e é hora de sair dela.

A armadilha é real e cara

Os gastos com tecnologia no setor de seguros dispararam nos últimos cinco anos. Um relatório da Gartner de 2024 mostrou que as seguradoras gastaram mais de US$ 232 bilhões em serviços de TI no ano passado, com uma grande parte destinada à migração para a nuvem, ferramentas de automação e IA. Mas os resultados? Mistos.

Algumas seguradoras estão obtendo retornos reais. Outras estão discretamente baixando os investimentos, descontinuando ferramentas que nunca funcionaram ou se esforçando para adaptar sistemas que não funcionam bem juntos. As seguradoras gastam milhões integrando um novo sistema de apólices, apenas para descobrir que a conexão com sua plataforma de faturamento é complicada ou disfuncional e não oferece o que é necessário. Ao mesmo tempo, as MGAs menores muitas vezes tentam remendar soluções pontuais e, em seguida, observam enquanto a equipe volta a usar soluções manuais.

Apesar de todo o dinheiro e esforço investidos na modernização, a maioria das seguradoras simplesmente não está dando o salto para plataformas que fazem a diferença. Na minha experiência, quase nunca é a falta de tecnologia que impede as empresas. É a escolha das ferramentas erradas ou a incapacidade de conectar o novo sistema às necessidades reais do negócio. A verdadeira armadilha não é a tecnologia. É acreditar que a tecnologia por si só resolverá problemas que nem mesmo foram claramente definidos.

Precisamos da tecnologia, mas precisamos ser mais inteligentes em relação a ela

Sejamos claros: a tecnologia não é inimiga. Na verdade, ela é mais importante do que nunca. As expectativas dos consumidores mudaram para sempre. Agentes e corretores querem conveniência digital. As regulamentações estão mais complexas e os sistemas manuais não conseguem acompanhar.

Mas a tecnologia não é uma varinha mágica. Ela não substitui a estratégia. Não substitui o design de processos. E não vai entregar resultados sem as pessoas certas por trás dela.

Escolha ferramentas que resolvam seus problemas. Isso significa pesquisar e definir os pontos fracos do seu sistema. No entanto, é importante lembrar que a incorporação desses sistemas não precisa acontecer da noite para o dia. Começar pequeno e expandir pode ser uma maneira sustentável de implementar novas tecnologias em seu negócio. E lembre-se: se seus funcionários da linha de frente não entenderem ou não confiarem em um sistema, ele não vai fazer diferença, não importa quanto treinamento você ofereça à sua equipe.

A ilusão da inovação faz parte da armadilha

Outra armadilha é o que chamamos de “teatro da inovação”. As empresas se sentem pressionadas a exibir novas tecnologias, mesmo que elas não melhorem os negócios. Talvez seja um aplicativo elegante que quase ninguém usa ou um chatbot que frustra mais do que ajuda. Já vi painéis que parecem impressionantes em reuniões de diretoria, mas nunca se conectam aos dados de que você realmente precisa.

Todos nós já vimos os comunicados à imprensa. Mas a verdadeira transformação é medida em fluxos de trabalho melhores, integrações mais limpas e treinamento de usuários mais inteligente. Ela não vem de anúncios chamativos. Se você lidera uma empresa de seguros, vá mais fundo. Essa ferramenta realmente resolve um gargalo? Ela melhorará significativamente a jornada do cliente? Vale a pena o aumento operacional?

Cuidado com o custo da complexidade

A complexidade é outro erro comum. As empresas lançam tecnologias tão poderosas que é impossível para os funcionários ou clientes usá-las. O resultado é uma integração mais longa, mais erros e menor adoção.

Um relatório de 2023 da Accenture observa que 68% dos profissionais afirmam que a complexidade do sistema é sua principal barreira à produtividade. A verdade é que a complexidade mata o ímpeto. Sistemas mais simples e bem utilizados terão um desempenho melhor do que os sofisticados que acumulam poeira. Não deixe seu roteiro tecnológico se tornar um cemitério de plataformas abandonadas.

Reformulando o sucesso

Para sair dessa armadilha, precisamos reformular o que é sucesso. Não se trata de “transformação digital” por si só. Trata-se de resultados mensuráveis, independentemente de como eles sejam definidos para o seu negócio.

Talvez seja reduzir pela metade os erros de faturamento. Talvez seja emitir apólices mais rapidamente. Talvez seja dar aos representantes do seu call center ferramentas que realmente os ajudem a ajudar os clientes. A tecnologia pode (e deve) fazer essas coisas. Mas somente quando servir à sua estratégia real.

E, às vezes, a melhor coisa que você pode fazer não é adicionar algo novo. É otimizar o que você já tem.

Isso não é um apelo para recuar na tecnologia. Muito pelo contrário. O futuro dos seguros depende de inovações inteligentes e bem executadas. Mas temos que superar o hype e nos concentrar no que realmente funciona.

Diga não às ferramentas que não se alinham com seus objetivos. Faça um orçamento para treinamento, não apenas para novos softwares. Envolva as pessoas que realmente usarão esses sistemas antes de comprá-los. Faça menos, mas faça melhor.

Se quisermos prosperar nesta nova era, não podemos continuar caindo na mesma armadilha. É hora de parar de perseguir a tecnologia pela tecnologia e começar a construir estratégias em que a tecnologia seja uma parceira, não uma distração.

Os seguros ainda precisam de tecnologia. Apenas certifique-se de escolher a tecnologia que é melhor para seus funcionários, seus clientes e seus negócios.

Escrito por Todd Greenbaum, presidente e CEO da Input 1

O que a Geração Z espera das seguradoras de automóveis

As seguradoras de automóveis devem transformar as experiências digitais para conquistar os motoristas da Geração Z que buscam transparência e estão entrando no mercado.

O setor de seguros automotivos está passando por outra transformação, liderada pelas preferências da mais nova geração de motoristas que está entrando no mercado — a Geração Z.

Nascido entre meados da década de 1990 e o início da década de 2010, esse grupo experiente em tecnologia cresceu em um mundo digital e exige mais das seguradoras automotivas do que as gerações anteriores. Eles buscam experiências online perfeitas, serviços personalizados e transparência nos preços e nos processos de sinistros.

À medida que continuam a se tornar uma força significativa no mercado, as seguradoras devem adaptar suas estratégias e processos para atender às necessidades e valores únicos dessa última geração de motoristas. Aqui estão três coisas importantes que a Geração Z deseja que as seguradoras de automóveis tenham em mente.

1. Mais transparência nos preços

Os motoristas da Geração Z são menos propensos a pesquisar preços de seguros automotivos do que outras gerações. De acordo com um relatório de 2024 sobre tendências de compra de seguros automotivos, apenas 19% dos entrevistados da Geração Z comparam preços de seguros automotivos anualmente, em comparação com 42% da Geração Y.

Taxas ocultas e estruturas de preços complicadas são grandes desmotivadores para a Geração Z. Eles querem preços claros e antecipados que descrevam exatamente o que estão pagando. Ao escolher uma apólice de seguro automóvel, os motoristas da Geração Z priorizam as opções de cobertura (61%), seguidas pelo custo do prêmio (49%) e pela reputação do atendimento ao cliente (34%).

Curiosamente, a Geração Z também dá menos ênfase aos custos dos prêmios em comparação com as gerações mais velhas, sendo as opções de cobertura sua principal prioridade. Para as seguradoras, é importante ter preços transparentes e fornecer explicações detalhadas sobre as apólices.

2. Experiência de sinistros com prioridade digital

Para manter os motoristas da Geração Z satisfeitos, o processo de sinistros também precisa ser simples e com prioridade digital. Essa geração de motoristas cresceu em um mundo onde as interações digitais são a norma e espera o mesmo nível de envolvimento digital de suas seguradoras de automóveis.

Permitir que os motoristas enviem instantaneamente as evidências dos danos e os documentos necessários, acompanhem o status do sinistro em tempo real e recebam comunicações claras em cada etapa pode melhorar muito a satisfação do cliente dessa geração. As seguradoras podem atualizar quaisquer processos de sinistros desatualizados através do uso de tecnologias de inteligência artificial (IA), como a inteligência visual. Um tipo avançado de IA de visão computacional, a inteligência visual pode acelerar novas subscrições de apólices, avaliações de sinistros e liquidações em dinheiro. A tecnologia também permite que os segurados enviem provas remotamente no local do incidente, para que as seguradoras possam analisar e potencialmente resolver um sinistro poucos minutos após a primeira notificação de perda.

As seguradoras de automóveis estão adotando cada vez mais a tecnologia de IA para orientar os segurados mais jovens por meio de um processo remoto, mas completo, de coleta de evidências. Ela também está ajudando as seguradoras de automóveis e oficinas mecânicas a fornecer estimativas de custos pré-reparo mais rapidamente, diminuindo a necessidade de inspeções físicas dos veículos. Depois que as evidências são coletadas remotamente, a inteligência visual permite que as seguradoras as comparem imediatamente com um banco de dados de evidências coletadas anteriormente, identificando casos incomuns e sinalizando-os para intervenção humana. Isso não apenas acelera o processo de sinistros, mas também reduz o risco de fraude.

Uma experiência móvel tranquila permite que os jovens motoristas gerenciem suas apólices de seguro e enviem sinistros a qualquer hora e em qualquer lugar que precisarem. Além disso, seja por meio de chatbots, chats ao vivo ou mídias sociais, o suporte ao cliente com IA ajuda as seguradoras a atender à demanda da Geração Z por respostas instantâneas, liberando os humanos para se concentrarem em casos mais complexos.

3. Personalização em serviços e suporte

A era de uma única apólice que atende às diversas necessidades de todos os motoristas acabou. A Geração Z quer apólices que reflitam seus hábitos de direção e estilos de vida individuais. Os modelos de seguro baseados no uso (UBI), que ajustam os prêmios com base no comportamento real ao volante, têm boa aceitação nesse grupo demográfico. Ao usar dados telemáticos, as seguradoras podem oferecer apólices personalizadas que recompensam a direção segura e oferecem melhor custo-benefício.

Os motoristas da Geração Z também mostram uma forte preferência por opções de seguro integradas. 79% dos motoristas da Geração Z preferem ter o seguro integrado à própria compra do carro, e 81% afirmaram que gostariam de ter a opção de adquirir o seguro no momento da compra do veículo.

Para se conectar com os motoristas da Geração Z, e-mails automatizados e mensagens genéricas de suporte ao cliente também não são suficientes. A comunicação com o cliente precisa ser pessoal. Ferramentas baseadas em IA podem ajudar as seguradoras a criar estratégias personalizadas; sejam promoções ou atualizações de apólices, cada interação pode ser única e relevante. Algoritmos de IA podem analisar dados de clientes, hábitos de direção e atividade nas redes sociais para criar mensagens que ressoem com os interesses e necessidades dos motoristas da Geração Z.

A próxima geração de seguros automóveis

Ao adotar uma estratégia que prioriza o digital, oferecer serviços personalizados e ser mais transparente, as seguradoras podem construir conexões sólidas com a última geração de motoristas. O uso de tecnologias avançadas, como IA, pode ajudar as seguradoras a melhorar a experiência do cliente e permanecer relevantes no mercado.

Como reinventar o seguro pet com tecnologia e serviços de valor agregado

O seguro para animais de estimação está em um ponto crítico. Em 2023, as seguradoras americanas pagaram quase US$ 2,5 bilhões em sinistros com pouco menos de US$ 4 bilhões em prêmios — uma taxa de sinistralidade impressionante de 63%, que deixa pouco espaço para crescimento ou resiliência. A situação é semelhante no Reino Unido, onde os sinistros anuais ultrapassaram US$ 1,3 bilhão (£ 1 bilhão) por três anos consecutivos. Se o setor continuar nesse caminho, o modelo provavelmente se tornará comercialmente insustentável ou, no mínimo, indesejável.

Algo precisa mudar. No entanto, isso é mais uma oportunidade do que um problema. A resposta não está apenas em prêmios mais altos ou exclusões mais rígidas. Em um mercado cada vez mais agressivo e comoditizado, as seguradoras que competem exclusivamente com base no risco de preço estão provocando uma corrida para o fundo do poço. Em vez disso, a diferenciação por meio de serviços de valor agregado é o único caminho sustentável. Trata-se de repensar completamente o modelo em torno do sucesso dos donos de animais de estimação.

Deixe-me explicar. Como dono de um animal de estimação hoje, tenho que considerar exercícios, ambiente, contas do veterinário, ração, entretenimento e, claro, seguro para animais de estimação. E quando entendemos como os donos de animais de estimação se sentem em relação a seus animais, sabemos que não se trata apenas de um fardo financeiro significativo.

Por exemplo, a maioria dos americanos (62%) tem um animal de estimação, incluindo cerca de um terço (35%) que tem mais de um. Quase todos os donos de animais de estimação nos EUA (97%) dizem que seus animais fazem parte da família, de acordo com uma pesquisa do Pew Research Center. Outro estudo descobriu que 59% dos donos de animais de estimação no Reino Unido se preocupam mais com o bem-estar de seus animais do que com o seu próprio.

Os animais de estimação são muito importantes para seus donos. Combine isso com as seguradoras sob pressão, mas também no topo das cadeias de suprimentos com potencial para o ecossistema de bem-estar animal, e podemos ter a tempestade perfeita.

Deixe-me explicar melhor.

O seguro para animais de estimação precisa fazer mais do que reembolsar. Ele deve apoiar ativamente os donos de animais de estimação na previsão de problemas e na entrega de valor em tempo real, para que eles possam mitigar os riscos do seguro e, ao mesmo tempo, aumentar a alegria de ter um animal de estimação. Tudo isso enquanto extrai mais valor no processo, é claro. Criar experiências envolventes e orientadas para o serviço dessa forma não apenas fortalece os relacionamentos, mas também gera um maior valor ao longo da vida do cliente em todo o continuum de seguros e bem-estar.

O seguro tradicional para animais de estimação é frequentemente visto como uma compra relutante. Reestruturá-lo como uma assinatura de cuidados proativos para animais de estimação pode mudar completamente a equação de valor. Ao possuir ou integrar profundamente toda a cadeia de suprimentos de cuidados para animais de estimação, desde diagnósticos até nutrição, as seguradoras podem reduzir significativamente as taxas de despesas e recuperar margens.

Isso pode ser tão simples quanto informar às pessoas como é o exercício ideal ou tão inteligente quanto usar uma coleira inteligente e fornecer recursos interativos de rastreamento e monitoramento. Por exemplo, ao criar cercas invisíveis e monitorar a localização do seu cão remotamente, você pode garantir que seu animal de estimação favorito nunca se perca. Além disso, você pode monitorar sua forma física e comportamento para garantir que ele permaneça saudável e até mesmo definir um regime de exercícios para ele.

Uma abordagem ecossistêmica que integra tudo, desde cuidados veterinários e diagnósticos até nutrição e apoio comportamental, pode mudar fundamentalmente a economia do seguro para animais de estimação. As redes de veterinários são vitais para os processos de sinistros de animais de estimação, mas também podem ser aproveitadas para manter o bem-estar dos animais em ótimo estado e oferecer alguns descontos e benefícios contínuos ao dono do animal. Dado que os veterinários operam em um ambiente de preços amplamente não regulamentado, o custo do tratamento pode ser exorbitante, tornando os cuidados preventivos não apenas uma estratégia de bem-estar, mas um imperativo financeiro.

Para ser justo, esses modelos já existem há algum tempo, mas poucos tiveram o sucesso esperado. No entanto, a questão não está na ideia, mas na execução.

As seguradoras de animais de estimação ainda constroem bases tecnológicas centradas nas apólices de animais de estimação. Em vez disso, precisamos construí-las em torno dos clientes e dos animais de estimação. Isso parece uma simples mudança de mentalidade, mas não é. Essas bases tecnológicas se parecem mais com plataformas de comércio eletrônico e, portanto, são construídas de maneira muito diferente.

Os ecossistemas de parceiros são integrados em torno de APIs, mas precisam ser orquestrados em experiências digitais coesas. Isso requer que os dados sejam fluidos e transmitidos em torno de um ID de cliente. Também deve ser capaz de conter vários produtos, não apenas produtos de seguro, e até mesmo combiná-los para construir novos serviços adaptáveis, de mitigação de riscos e orientados por consultoria.

Da mesma forma, esses modelos podem oferecer experiências mais dinâmicas, mesmo dentro do ciclo de vida tradicional do seguro para animais de estimação, como a seleção de apólices, onde os serviços de dados podem ser integrados e utilizados para formar experiências guiadas.

O valor importante em tudo isso é que essa abordagem à tecnologia é uma virada de jogo para o negócio como um todo:

  • Muitos produtos vendidos/precificados/atendidos juntos
  • Muitos pontos de contato (web/celular/carro/dispositivos POS… Em qualquer lugar que o cliente procurar.)
  • A mesma experiência para vendas, serviços, pagamentos, etc.
  • No centro de uma cadeia de suprimentos mais ampla (veterinários, ração para animais de estimação, acessórios ou dispositivos vestíveis para animais de estimação, etc.)
  • Sem restrições à experiência
  • UX única e atraente — impulsionando a experiência como um diferencial
  • Propriedade absoluta do relacionamento e do cliente com visibilidade completa
  • Ofertas infinitas de produtos, personalizadas, em parceria ou adjacentes
  • Mudanças instantâneas sem tempo de inatividade, por qualquer motivo
  • Análise em tempo real e ciência de dados

A seguradora que coloca as pessoas e os animais de estimação no centro do modelo não apenas sobreviverá, mas dominará. A chave é construir uma plataforma integrada de sucesso do cliente e um ecossistema que se incorpore à vida dos donos de animais de estimação — usando dados em tempo real para mitigar riscos e se tornar um verdadeiro parceiro no bem-estar dos animais de estimação.

Escrito por Rory Yates, vice-presidente sênior de estratégia corporativa da EIS

Ribbit e Kaszek reforçam aposta na insurtech Justos com aporte de R$ 92 milhões

Matéria de Marcos Bonfim para Bloomberg Línea

Com modelo que usa telemetria e analisa comportamento dos motoristas para precificar as apólices, startup projeta dobrar de tamanho anualmente e chegar a 1 milhão de apólices em cinco anos, conta o CEO Dhaval Chadha à Bloomberg Línea

A Justos, insurtech brasileira com foco em seguro de automóveis, acaba de fechar um novo aporte de R$ 92 milhões. A rodada, classificada como uma bridge, foi liderada pela Ribbit Capital, com participação de Kaszek, Endeavor Catalyst e Scale-Up Ventures. 

Os recursos devem sustentar a expansão da companhia, que desde março passou a operar como seguradora S3, com autorização plena da Susep (Superintendência de Seguros Privados).

A startup opera com um modelo em que utiliza telemetria via smartphone para avaliar como cada motorista dirige — de velocidade, freadas e aceleração ao uso do celular -, dados que impactam diretamente no preço das apólices. 

A Justos, em contrapartida ao acesso dos dados, promete mensalidades até 30% mais baixos que as seguradoras tradicionais.

Fundada no final de 2020 pelo indiano Dhaval Chadha (CEO), o mexicano Jorge Soto e espanhol Antonio Molins, a Justos soma agora mais de US$ 55 milhões captados desde sua criação, que considera as rodadas anteriores lideradas por Kaszek e Ribbit, respectivamente.

A nova injeção de capital vem após um ciclo de crescimento anual com redução contínua de sinistralidade – um dos principais indicadores de eficiência no setor.

“Crescer rápido com sinistralidade ruim é fácil. Crescer com uma sinistralidade saudável é o verdadeiro desafio. Por isso, os fundos estão apostando e continuam a investir”, disse Chadha em entrevista à Bloomberg Línea.

Segundo o empreendedor, a Justos tem reduzido a sinistralidade em cerca de seis pontos percentuais ao ano, com uma taxa acumulada de 67% até agora em 2025. 

A diminuição, de acordo com o CEO, resulta de uma combinação de fatores: melhorias nos modelos de precificação, aperfeiçoamento na subscrição de riscos, uso de telemetria para avaliar o comportamento dos motoristas, além de avanços em detecção de fraude e na eficiência operacional de liquidação de sinistros.

“Hoje, cerca de 2% dos nossos segurados não têm a apólice renovada por não atingirem uma nota mínima de direção. Por outro lado, os 98% que permanecem têm acesso a descontos e pontos que podem ser trocados em parceiros como Uber, McDonald’s e redes de combustíveis”, afirmou.

A partir da esq., Jorge Soto Moreno, Dhaval Chadh e Antonio Molins, fundadores da Justos: plano de alcançar mais de 1 milhão de apólices em cinco anos

Do lado da experiência do usuário, a Justos aposta na tecnologia para reduzir atritos históricos do setor. 

Um dos exemplos é o acompanhamento em tempo real de solicitações de guincho, modelo inspirado em aplicativos como o do iFood. O mesmo vale para o status de conserto de veículos, área em que a insurtech já disponibiliza acompanhamento via aplicativo há mais de um ano.

“Seguradora é um produto de confiança. As pessoas passam anos pagando e esperam que, no ‘pior dia da vida delas’, a companhia esteja lá para ajudar”, disse Chadha.

Atualmente, a maior concentração de clientes da Justos está em São Paulo (estado), seguido por Rio de Janeiro e Espírito Santo. A empresa também tem feito mais esforços nas regiões como Sul, Centro-Oeste e Nordeste.

Além de fortalecer as reservas técnicas exigidas pela Susep, o novo aporte será direcionado principalmente para tecnologia. A empresa planeja ampliar o uso de inteligência artificial com foco em ferramentas para os corretores de seguros, responsável por toda a distribuição da Justos hoje.

“Muitos corretores gastam tempo demais com tarefas operacionais manuais. Não existem muitas ferramentas para eles, e a nossa ideia é automatizar esses processos para que possam vender mais ou ter mais tempo livre”, afirmou. 

“Até agora, nós investimos muito mais em criar uma melhor experiência para o cliente. Agora, a atenção está no corretor.”

Com o plano de continuar a dobrar de tamanho anualmente nos próximos cinco anos, a Justos projeta alcançar mais de 1 milhão de apólices até o final desse ciclo. 

A startup não abre o número total de emissões e diz apenas que estão na casa de “dezenas de milhares”. 

Uma eventual expansão internacional – com o México, terra natal de Soto, como primeiro destino – está no radar, mas só deve ocorrer a partir de 2027.

Os caminhos de Chadha, Soto e Molins se cruzaram no Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde os três empreendedores, de diferentes países e formações, decidiram que queriam construir algo juntos com impacto real na América Latina. 

Antes de escolher o mercado de seguros, o trio explorou mais de cem ideias de negócios, segundo contaram. Foi a combinação entre tecnologia, dados e propósito social que os levou ao setor. 

A bagagem técnica do grupo também pesou na decisão: Antonio, por exemplo, foi responsável por criar o primeiro algoritmo de recomendação da Netflix. 

Já com experiência de nove anos vivendo no Brasil, Dhaval enxergou no país um terreno fértil para aplicar a proposta de seguro de automóvel com base no comportamento dos motoristas.

Fonte: Escrita por de Marcos Bonfim para Bloomberg Línea