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Open Insurance registra 16,5 milhões de transações no último ano

São cerca de 3 mil compartilhamentos ativos e 74 empresas cadastradas, informa a Susep

O Open Insurance no Brasil somou cerca de 16,5 milhões de transações entre setembro de 2023 e setembro de 2024, segundo dados levantados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia federal que regula e fiscaliza o mercado de seguros, a pedido do InfoMoney. Esse número reflete a soma de 10,5 milhões de requisições de dados abertos (referentes à Fase 1) e 6 milhões de requisições de compartilhamento de movimentações (referentes à Fase 2), registrando o avanço nas etapas de implementação do sistema, que vão até novembro deste ano (fim da Fase 3).

O Open Insurance (OPIN), ou Sistema de Seguros Aberto, operacionaliza e padroniza o compartilhamento de dados dos consumidores com as empresas de seguros, previdência complementar aberta e capitalização, por meio da abertura e integração de sistemas para o desenvolvimento de novos produtos e serviços, além de integrar-se ao Sistema Financeiro Aberto, o Open Finance.

Quanto à adesão dos consumidores, a Susep informa que cerca de 3 mil pessoas já consentiram no compartilhamento de seus dados por meio do Open Insurance. No lado das seguradoras, já são 74 organizações cadastradas, incluindo seguradoras, entidades abertas de previdência complementar e sociedades de capitalização. Além disso, mais de 1.200 APIs foram publicadas até agora, divididas em 72 grupos, facilitando a integração e o compartilhamento de dados entre as empresas participantes.

Leia mais: Afinal, o que é SPOC no mercado de seguros?

No que se refere às SPOCs (Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente), apenas duas empresas foram autorizadas até o momento — a Guru e a Open Power Corretora de Seguros S.A., que recebeu aval da Susep em setembro. Não há, até agora, novos pedidos de credenciamento em análise, diz a autarquia, embora o número possa crescer à medida que o projeto se expande. Segundo a Susep, as SPOCs são entidades que, uma vez credenciadas, podem atuar provendo serviços ao consumidor de agregação de dados, painéis de informação e controle ou, ainda, mediante o consentimento do cliente, representá-lo, prestando serviços relacionados à iniciação de movimentação financeira.

O Open Insurance, ao integrar dados do consumidor com o consentimento prévio, tem como objetivo aumentar a competição no setor de seguros, permitindo que as empresas desenvolvam produtos mais personalizados e eficientes, com a inovação e a tecnologia sendo os principais impulsionadores desse processo.

Expectativas

Segundo dados de um recente estudo da PwC sobre o panorama do mercado de serviços financeiros no país, o setor de seguros terá aumento de R$ 3 bilhões no faturamento a cada 1% de avanço sobre o PIB. Hoje, apesar do mercado de seguros no Brasil ainda ser considerado tímido, há um grande potencial de crescimento, já que o setor planeja alcançar 10% do PIB brasileiro em 2030 e tem o potencial de movimentar até R$ 1,14 trilhões no período, segundo estimativa da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). O Open Insurance pode contribuir com um avanço significativo na operação e na forma como as seguradoras devem se posicionar neste novo contexto, indica o levantamento.

“Esse modelo promove uma competição saudável entre as seguradoras, estimulando a criação de produtos mais adequados às necessidades dos consumidores e fomentando novos modelos de negócios. Assim como o Open Finance está reformulando o setor bancário, o Open Insurance promete transformar o setor de seguros, alterando a dinâmica de atração e retenção de clientes”, explica Eliseu Tudisco, sócio da Strategy&, consultoria estratégica da PwC e um dos autores do estudo.

De acordo com Tudisco, o novo sistema é uma oportunidade de expansão com avaliações mais assertivas de risco, ofertas de jornadas integradas que podem colocar em uma mesma plataforma, por exemplo, a compra do veículo, o financiamento e a contratação do seguro.

A implementação do Open Insurance foi dividida em três fases e, atualmente, encontra-se na terceira, da efetivação dos serviços, que vai até 29 de novembro. Esta etapa envolve o compartilhamento dos serviços de iniciação de movimentação dos planos de seguros de todos os ramos do Grupo de Pessoas, microsseguros, previdência complementar aberta e capitalização.

Embora o consumidor se mostre desconfortável com o compartilhamento de seus dados bancários e de produtos de seguro, a educação financeira pode contribuir para que a população vença essa barreira. Tanto o Open Finance como o Open Insurance podem ajudar na ampliação do acesso a produtos mais adequados ao consumidor. “É preciso deixar clara a proposta de valor para o consumidor, principalmente para aqueles de classe mais baixa, que são os que têm menos acesso aos serviços financeiros e acabam pagando mais caro”, afirma o sócio da PwC.

Escrito para o InfoMoney por Jamille Niero, jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa.

Bradesco Vida e Previdência amplia portfólio e lança seguro de vida para MEI

A Bradesco Vida e Previdência acaba de lançar o Seguro de Vida Empresarial Flexível Bradesco MEI, solução que possibilita ao microempreendedor individual adquirir uma apólice de vida, podendo ser ampliada para um funcionário. O objetivo do produto é atender às necessidades de quem trabalha de forma independente, proporcionando uma maior segurança a esses profissionais. De acordo com dados do Sebrae, foram abertas 2,1 milhões de MEIs no país somente em 2024. 

O novo produto disponibilizará até 12 opções de coberturas que protegem o contratante e até um funcionário, além de quatro voltadas para os filhos do empreendedor, e outras 18 que contemplam serviços e assistência para o negócio. 

“O lançamento está alinhado com o crescimento exponencial do empreendedorismo nacional nos últimos anos, proporcionando segurança, planejamento e um processo ágil de contratação e implementação. Um seguro de vida adequado gera uma rede de segurança financeira em caso de imprevistos, além de oferecer tranquilidade. Esse é um produto que chega para completar o nosso portfólio empresarial”, ressalta Bernardo Castello [foto], diretor da Bradesco Vida e Previdência.  

Novos benefícios do Pessoa Chave 

O produto Empresarial Flexível Pessoa Chave ampliou suas vantagens. Com isso, além de proteger os sócios da empresa, agora contempla seus diretores. O seguro passa a contar com vigência vitalícia por invalidez permanente ou doenças graves até os 75 anos.  

O Pessoa Chave é um seguro de vida que visa minimizar os impactos financeiros e/ou patrimoniais em razão do falecimento de um dos sócios da empresa. Nesse caso, como beneficiária do seguro, a companhia contratante poderá utilizar esse capital para pagar aos herdeiros legais o valor correspondente às cotas do sócio falecido sem precisar utilizar recursos do caixa. Assim, eles têm seus direitos mantidos e os demais sócios podem continuar suas atividades sem impacto no quadro acionário da empresa. 

Com as novidades, a linha de produtos PME ficou mais ampla e diversificada, sendo formada agora pelas modalidades MEI, Pessoa Chave e Capital Global. 

Rodobens Seguros anuncia novo líder para área comercial

Iramil Araújo assume a posição, agregando sua experiência de mais de 37 anos na empresa

A Rodobens Seguros anunciou Iramil Araújo como o novo líder da área comercial. Com vasta experiência e uma carreira construída na própria Rodobens desde 1987, o executivo foi promovido devido ao seu destaque em liderança e competências, além de ter contribuído com diversas iniciativas na companhia, como a implementação do Programa Qualy para os parceiros de seguros.

A promoção de Araújo tem como objetivo impulsionar ainda mais o crescimento da área comercial, aprimorando o atendimento ao cliente e solidificando a posição da empresa como uma das líderes no setor de seguros do país.

Para Luis Guilherme Vilela, diretor da Rodobens Seguros, Araújo possui amplo conhecimento no setor para comandar uma equipe altamente capacitada, focada em oferecer serviços de qualidade. “Estamos confiantes de que a experiência e a visão estratégica do Iramil trarão novas oportunidades para nossa equipe e nossos clientes. Sua liderança será fundamental para continuarmos nossa trajetória de crescimento e excelência no atendimento, consolidando ainda mais nossa presença no mercado de seguros.”

Veloe e MAPFRE anunciam nova oferta para adesão de tag de mobilidade

Tag inteligente elimina necessidade de paradas em guichês ou filas nas estradas para clientes do programa de relacionamentos da seguradora

André Turquetto, CEO da Veloe

A Veloe, solução em mobilidade e gestão de frotas, em parceria com a MAPFRE, companhia global do mercado segurador e financeiro, lançou uma oferta exclusiva voltada aos segurados inscritos no Club MAPFRE, programa de relacionamento da seguradora. A iniciativa busca facilitar o acesso a soluções de mobilidade para os clientes, tanto em planos pré-pagos quanto pós-pagos.

Na nova oferta, os segurados do Club MAPFRE poderão aderir ao plano pré-pago com uma mensalidade de R$ 5,90, mediante adesão de R$ 20,00. Já no plano pós-pago, a oferta mantém a isenção de mensalidade pelos primeiros seis meses, passando a um valor de R$ 20,90 após esse período.

André Turquetto, CEO da Veloe, ressalta que a parceria reforça o compromisso da empresa em oferecer soluções acessíveis e inovadoras para facilitar o dia a dia dos motoristas. “Essa nova oferta fortalece a missão de tornar a mobilidade mais simples, prática e acessível a todos, sem abrir mão da qualidade e conveniência dos nossos serviços”, afirma Turquetto.

Jacqueline Izabel, diretora de experiência de clientes da MAPFRE

“Nosso foco é sempre melhorar a experiência dos nossos segurados, oferecendo soluções que eliminem burocracias do dia a dia. Com essa oferta, conseguimos dar mais comodidade e segurança aos segurados MAPFRE, integrando a mobilidade ao nosso compromisso de cuidar bem deles em todos os momentos”, afirma Jacqueline Izabel, diretora de experiência de clientes da MAPFRE.”

Para aderir à oferta, os clientes MAPFRE precisam se cadastrar no Club MAPFRE e solicitar a tag, que será enviada para o endereço do segurado em até cinco dias úteis, sem custos adicionais. O dispositivo conta com medidas de segurança, como proteção por senha e monitoramento, além de apresentar a identidade visual da MAPFRE.

Relatório de Riscos Futuros da AXA 2024: Instabilidade geopolítica e mudanças climáticas estão entre principais preocupações

O AXA Future Risks Report 2024 revela uma preocupação crescente com a instabilidade geopolítica, enquanto as mudanças climáticas continuam a ser identificadas como o principal risco global.

O relatório, agora em sua 11ª edição, pesquisou mais de 3.000 especialistas e quase 20.000 membros do público em 50 países, incluindo 222 especialistas e 1.000 membros do público em geral do Reino Unido.

O relatório mostra que 77% dos especialistas e 55% do público em geral no Reino Unido acreditam que os riscos estão se tornando cada vez mais interconectados, com tensões geopolíticas decorrentes dos conflitos em andamento no Oriente Médio e entre a Rússia e a Ucrânia, ampliando as preocupações com segurança, mercados financeiros, fornecimento de energia e infraestrutura cibernética.

Apesar do aumento das preocupações geopolíticas, apenas 15% dos especialistas do Reino Unido expressaram confiança na capacidade do governo de mitigar esses riscos, refletindo um ceticismo generalizado sobre a prontidão do país para enfrentar as ameaças emergentes. A confiança na preparação do governo para os riscos da mudança climática também despencou, com apenas 5% dos especialistas acreditando que o governo está adequadamente equipado, um declínio acentuado em relação aos 22% registrados em 2023.

A mudança climática continua sendo a principal preocupação tanto para os especialistas do Reino Unido quanto para o público em geral. A pesquisa enfatiza a necessidade urgente de lidar com seus impactos e aumentar a resiliência contra seus efeitos. A falta de confiança na preparação governamental destaca uma necessidade urgente de ação. Da mesma forma, a segurança cibernética continua sendo um dos principais riscos, com 59% dos especialistas e 68% do público sentindo-se vulneráveis às ameaças cibernéticas em suas vidas diárias. No entanto, há pouca confiança na capacidade das autoridades públicas de gerenciar essa ameaça, com apenas 12% dos especialistas acreditando que o governo está preparado para lidar com os riscos cibernéticos de forma eficaz.

O relatório também ressalta a crescente ameaça da desinformação, com 58% dos especialistas e 48% do público expressando dúvidas sobre a capacidade das pessoas de discernir informações verdadeiras de narrativas falsas nas mídias sociais. Uma parcela significativa de ambos os grupos concorda que os indivíduos devem ser responsabilizados pela disseminação de notícias falsas, refletindo a preocupação generalizada com o impacto da desinformação na sociedade.

Em meio a esses desafios, há um sentimento positivo em relação ao papel do setor de seguros na mitigação de riscos futuros. 72% dos especialistas do Reino Unido e 40% do público indicaram confiança na capacidade do setor de seguros de reduzir as consequências de crises futuras. Destacando uma oportunidade para as seguradoras desempenharem um papel fundamental no fortalecimento da resiliência da sociedade. Além disso, 72% dos especialistas e 66% do público acreditam que, com prevenção e preparação adequadas, os riscos mais graves podem ser evitados.

“À medida que navegamos em um cenário de risco complexo e em evolução, o papel do setor de seguros se torna ainda mais importante para garantir um futuro seguro para a sociedade”, disse Tara Foley, CEO da AXA UK & Ireland. “A AXA tem o compromisso de alavancar nossa experiência e soluções para enfrentar os desafios futuros. Estamos trabalhando junto com nossas partes interessadas para construir uma estrutura resiliente que proteja a prosperidade e a segurança de nossos clientes e parceiros.”

O relatório também identificou os 10 principais riscos futuros, tanto para os especialistas do Reino Unido quanto para o público em geral. Para os especialistas do Reino Unido, os principais riscos incluem mudanças climáticas, instabilidade geopolítica, segurança cibernética, IA e big data, tensões sociais, recursos naturais e riscos de biodiversidade, riscos de energia, novas ameaças à segurança, pandemias e preocupações com a estabilidade financeira.

Da mesma forma, o público do Reino Unido classificou a mudança climática como a maior preocupação, seguida por novas ameaças à segurança, segurança cibernética, tensões sociais, pandemias, instabilidade geopolítica, estabilidade financeira, poluição, riscos de energia e riscos relacionados à IA.

Seguradora indiana enfrenta novos desafios na segurança cibernética

A maior seguradora de saúde da Índia, a Star Health, foi atingida por um pedido de resgate de US$ 68.000 após um ataque cibernético que expôs dados privados de clientes por meio de chatbots do Telegram

Em 2023, houve 133 milhões de violações de dados de saúde, em um setor que é tradicionalmente um sistema extremamente complicado de proteger, e isso é algo que os agentes de ameaças estão explorando.

A Star Health recebeu um pedido de resgate de US$ 68.000 de um hacker cibernético, após um vazamento de dados de clientes e registros médicos. A Star Health é a maior seguradora de saúde da Índia e tem uma capitalização de mercado de US$ 4 bilhões, mas isso está em risco agora.

Os hackers cibernéticos usaram chatbots do Telegram para expor os dados pessoais dos clientes, incluindo detalhes de impostos e documentos de reclamações médicas. As investigações da Star Health levaram a uma ação legal contra o Telegram e o hacker, cujo site publicou alguns dos dados dos clientes da Star Health. As ações da Star Health caíram 11%, em um lembrete alarmante para o setor de saúde de como os ataques cibernéticos podem ser prejudiciais.

Como os ataques cibernéticos focados em dados confidenciais da área da saúde continuam a ser uma opção lucrativa para os criminosos cibernéticos, os especialistas em cibernética, saúde e TI estão trabalhando diligentemente para proteger os clientes.

O papel do seguro cibernético no setor de saúde

Chris Henderson lidera as operações de ameaças e a segurança interna da empresa de segurança de rede Huntress. A tarefa de sua equipe é observar a atividade dos agentes de ameaças e garantir que os clientes da Huntress sejam defendidos.

“No seguro cibernético, você está trabalhando contra um adversário capaz de se desenvolver e se movimentar mais rapidamente do que uma apólice pode expirar”, compartilhou Chris com a Healthcare Digital. “As seguradoras cibernéticas estão desenvolvendo mais insights sobre como modelam o risco durante o processo de subscrição.”

Para oferecer a melhor qualidade de proteção, as seguradoras cibernéticas estão enfatizando a verificação do help desk e a autenticação forte, com ferramentas como a autenticação multifator (MFA). Isso está reformulando os requisitos das seguradoras cibernéticas.

“As seguradoras cibernéticas estão procurando garantir que o seu help desk de TI tenha procedimentos/políticas escritas que determinem que a pessoa que está ligando para redefinir uma senha, configurar a MFA e assim por diante, seja quem ela diz ser”, disse Chris.

TCS: O aumento da IA no setor de saúde expande a superfície de ataque dos criminosos cibernéticos

Nitin Kumar, vice-presidente da área de saúde da Tata Consultancy Services, diz que está claro que a IA oferece oportunidades e desafios na área de saúde. Embora a IA melhore o acesso e a acessibilidade econômica na área da saúde, ela também apresenta problemas, como a privacidade e a segurança dos dados. No entanto, a IA também desempenha um papel crucial no tratamento dessas questões.

“Entre nossos clientes, vemos um aumento na adoção da IA e, em qualquer iniciativa de IA, há uma grande quantidade de dados confidenciais que são necessários”, afirma Nitin. “Isso inclui registros de pacientes, imagens médicas, informações genômicas, entre outros. Para proteger efetivamente esses dados, nossos clientes estão interessados em explorar abordagens inovadoras, como criptografias homomórficas.

“Nossos clientes estão adotando cada vez mais soluções orientadas por IA em dispositivos e sistemas interconectados, como dispositivos médicos de IoT, plataformas de telemedicina e serviços baseados em nuvem. Cada um dos dispositivos ou sistemas conectados apresenta pontos de entrada em potencial para os criminosos cibernéticos.”

Para atender às necessidades dos clientes, a TCS está pesquisando e desenvolvendo ativamente algoritmos resistentes a quantum e técnicas de criptografia para proteger informações confidenciais.

“Ajudaremos nossos clientes a aproveitar os benefícios da IA e, ao mesmo tempo, minimizar os riscos”, conclui Nitin. “Segurança e privacidade por design para sistemas de IA para a área da saúde é o mantra com um bom equilíbrio entre segurança vs. privacidade vs. latência vs. usabilidade vs. precisão.”

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua relação de “longa data” com o setor segurador

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que sua relação com o setor segurador vem de “longa data”. Quando professor, Haddad participou da formulação da Tabela Fipe, que virou parâmetro para o mercado de veículos, há 26 anos.

Em 1998, quando ainda professor e trabalhando na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), recebeu um telefonema do editor da Revista Quatro Rodas com um pedido de ajuda: resolver um problema relacionado ao mercado de carros usados, que não possuía uma referência confiável para determinar os valores desses veículos. Haddad, então, se juntou com alguns de seus colegas da Fipe.

O ministro estava estudando os chamados mercados imperfeitos, como o de veículos usados. “Nesse mercado, o problema era que quem estava comprando não sabia o que estava comprando, mas quem vendia sabia o que estava vendendo e assim nasceu a Tabela da FIPE”. Tabela, esta, que foi rapidamente adotada pelo mercado segurador para a indenização dos segurados, já que não poderia criar a sua própria devido a um potencial conflito de interesses.

Criação da Tabela Fipe

A Tabela Fipe expressa preços médios de veículos anunciados pelos vendedores, no mercado nacional, servindo apenas como parâmetro para negociações ou avaliações. Os preços efetivamente praticados variam em função da região, conservação, cor, acessórios ou qualquer outro fator que possa influenciar as condições de oferta e procura por um veículo específico, explica o site da Fipe.

Em 2000, a Fenaseg e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo – Fipe firmaram acordo pelo qual a Fundação passou a disponibilizar uma tabela mensal de valores médios de veículos, para servir de referência para pagamento das indenizações em caso de perda total dos automóveis.

A iniciativa veio atender uma circular da Susep, de nº 88 de 26/03/1999, que facultava às seguradoras indenizar perda total pelo valor determinado no ato do contrato ou pelo valor de mercado, ou seja, Tabela FIPE.

Um ano depois, a Susep expediu a Circular nº 116, de 03/02/2000, alterando os termos da Circular nº 88. Em vez de formas facultativas, o valor de mercado e o valor determinado no contrato passaram ser opções de oferta obrigatória ao segurado no ato da contratação.

“O uso da Tabela Fipe teve um papel muito importante para o desenvolvimento do mercado de seguros de automóveis porque na época de inflação elevada havia muitos litígios em relação ao valor das indenizações. Ainda hoje o mercado usa essa referência”, disse o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.

A relação do ministro com o setor segurador não parou por aí. Haddad é um dos responsáveis por ajudar a acelerar a votação da Lei do Marco Legal do Seguro, que já estava em tramitação há mais de 20 anos no Congresso, e ajudará a reduzir uma série de incertezas dos segurados na hora da assinatura do contrato de seguro.

Outro avanço foi o apoio ao Projeto de Lei Complementar 519/18, que regulamenta a atuação das cooperativas de seguros, que passarão a ser supervisionadas pela Susep e poderão contar com o auxílio dos corretores para a comercialização da proteção.

Dois lados de uma mesma moeda: A sinergia da Insurtech e da Fintech

No coração da era digital, o setor de seguros está passando por uma transformação significativa, alimentada pelos espíritos inovadores das fintechs e insurtechs. Tecnologias como aprendizado de máquina, IA e seguro incorporado não são apenas palavras da moda, mas ferramentas que estão remodelando o funcionamento do seguro, tornando-o mais inteligente, mais rápido e mais sintonizado com as necessidades dos clientes.

A modelagem preditiva está na vanguarda, revolucionando a avaliação de riscos e permitindo que as seguradoras ofereçam apólices precisas e com preços justos. A mágica está na capacidade de examinar grandes quantidades de dados, extraindo insights que antes estavam ocultos.

Em outra frente, a automação aliada à IA está simplificando os processos de sinistros, reduzindo o tempo e os custos e, ao mesmo tempo, ampliando a detecção de fraudes e o toque pessoal nas interações com os clientes.

Adotando uma nova onda de empresas e ideias

“As seguradoras estão adotando ativamente tecnologias inovadoras por meio de parcerias e investimentos estratégicos, aprimorando fundamentalmente suas eficiências operacionais e recursos de atendimento ao cliente”, diz Richard Hartley, CEO da Cytora. “A adoção da IA tem sido significativa, impulsionada por parcerias de insurtech que ajudam a impulsionar a transformação em todo o setor. Essas colaborações são fundamentais, permitindo que as seguradoras aproveitem as plataformas de insurtech.”

“A maioria das seguradoras reconheceu o valor da tecnologia na transformação do uso de dados e no fornecimento de benefícios comerciais substanciais”, diz Lavanya Kaul, diretora de seguros na EMEA.

“A incorporação de sensores, dispositivos inteligentes e fontes de dados de terceiros simplificou o monitoramento e a prevenção de riscos, como a telemática para rastrear comportamentos de direção. Os avanços em IA e aprendizado de máquina permitem que as seguradoras aproveitem dados históricos e algoritmos preditivos para aprimorar a tomada de decisões e a avaliação de riscos.

“A evolução da insurtech acabará por significar que temos uma enorme quantidade de dados, de sensores IOT de nova tecnologia, EVs e outros casos de uso, que identificaram riscos associados a cada cliente e estão em uma posição melhor para emitir cobertura de seguro personalizada.”

Há uma integração dinâmica de novos recursos de insurtech no setor de seguros.

Rajeev Gupta, cofundador e CPO da Cowbell, diz: “Há um aumento no número de startups que usam IA generativa para automatizar todo o ciclo de vida da apólice, desde a avaliação de riscos até os sinistros e o gerenciamento de portfólio.”

Essa mudança em direção à tecnologia anuncia um futuro em que o seguro não é apenas eficiente — ele está alinhado com o batimento cardíaco digital de seus consumidores.

O imperativo da inovação

O apelo à inovação nunca foi tão alto, com as seguradoras integrando tecnologias de ponta, como a IA, para se manterem à frente na corrida competitiva.

Manoj Pant, diretor sênior e diretor do setor de seguros da EMEA na Pegasystems, enfatiza as medidas proativas que as seguradoras estão tomando: “O mercado de seguros está buscando cada vez mais incorporar novos recursos de insurtech que melhorem a experiência e o envolvimento do cliente e aumentem a precisão e a velocidade da tomada de decisões em avaliações de risco e sinistros.”

Está claro que o objetivo é inovar, adaptando-se rapidamente para atender e superar as expectativas do consumidor experiente em tecnologia.

Ele diz: “As seguradoras não estão apenas comprando inovação; elas estão criando ativamente ambientes de aplicativos alimentados por IA que aproveitam seu profundo conhecimento de domínio para ativar processos e análises automatizados.” Essa abordagem não se trata apenas de adotar novas tecnologias, mas é essencial para transformar os processos de negócios para que sejam mais centrados no cliente, garantindo que as seguradoras possam acompanhar os desafiadores digitais e a dinâmica do mercado em constante mudança.

Vijay Mahendrakar, diretor de soluções de negócios de seguros na Europa da Mphasis, explica como o mercado de seguros está se adaptando às mudanças tecnológicas: “O cenário de risco mudou drasticamente, exigindo que os executivos da diretoria reconheçam a inovação como essencial para melhorar os resultados dos clientes e alcançar o crescimento dos negócios.”

O toque transformador da Fintech

As empresas de fintech estão na vanguarda, utilizando tecnologias como análise avançada de dados e IA para reescrever as regras do seguro.

De acordo com Tim Hood, vice-presidente da Hyland para EMEA e APAC, essas empresas estão introduzindo soluções de automação inteligente — pense em processamento inteligente de documentos e automação de processos robóticos — para simplificar as operações e aumentar a eficiência.

Tim observa: “As empresas de fintech estão revolucionando os seguros ao impulsionar tecnologias de automação inteligente, como processamento inteligente de documentos, automação de fluxo de trabalho e automação de processos robóticos (RPA).”

Além disso, o papel fundamental da fintech na modernização dos sistemas de gerenciamento de conteúdo não pode ser exagerado, permitindo que as seguradoras tomem decisões mais informadas com rapidez e precisão.

“Os avanços no Digital Asset Management (DAM) estão acelerando significativamente o lançamento de produtos, facilitando o gerenciamento de ponta a ponta da criação de produtos digitais”, acrescenta.

A jornada para soluções em nuvem, em grande parte liderada pela fintech, está abrindo caminho para que as seguradoras refinem suas infraestruturas de TI, o que é crucial para navegar no complexo cenário regulatório e elevar o atendimento ao cliente.

Como o setor enfrentará os desafios futuros

À medida que o mercado vibra com a energia de novas tecnologias e startups, o modelo tradicional de seguros enfrenta desafios e oportunidades. Piers Williams, gerente global de seguros da AutoRek, e Parker Crockford, diretor de receita da insurtech Qover, destacam a crescente parceria entre as seguradoras tradicionais e as empresas de insurtech como uma estratégia para impulsionar a inovação e manter a competitividade.

Piers diz: “Abraçar esses novos participantes em vez de competir pode ser benéfico, pois muitos construíram seus negócios abordando as deficiências dos participantes tradicionais do mercado, especialmente nos setores de risco comercial pessoal e de PMEs”.

Parker acrescenta: “O mercado de seguros está adotando ativamente a inovação, com os participantes tradicionais formando alianças estratégicas com empresas de insurtech. Isso não apenas garante sua competitividade, mas também cultiva uma cultura de inovação contínua em um mercado em evolução.”

Nelson Castellanos, Diretor de Parcerias (Internacional) da HDI Embedded, destaca a importância de entender profundamente as necessidades dos clientes e aproveitar a análise de dados para fornecer serviços personalizados e transparentes: “As seguradoras precisam entender profundamente as necessidades individuais dos clientes e oferecer serviços mais personalizados, transparentes e responsivos. Isso envolve o uso de grandes conjuntos de dados e IA para adaptar os produtos de seguro precisamente aos perfis de risco do cliente, aumentando assim a satisfação e a fidelidade do cliente.”

Tim aconselha: “Para acompanhar ou superar os concorrentes que priorizam o digital, as seguradoras devem investir em atualizações tecnológicas e promover uma cultura de inovação contínua.” Essa abordagem não apenas leva a uma maior satisfação do cliente devido a serviços mais rápidos, transparentes e fáceis de usar, mas também posiciona bem as seguradoras em relação aos concorrentes que ainda podem estar vinculados a sistemas legados.

“Aquelas que aproveitam a tecnologia de forma eficaz para aprimorar suas ofertas e operações provavelmente liderarão o grupo no cenário de seguros em evolução, atendendo às demandas dos consumidores modernos e enfrentando os desafios digitais.” Essa postura proativa é essencial para que as seguradoras permaneçam relevantes e competitivas em um setor que muda rapidamente.”

À medida que a revolução da insurtech se desenrola, a sinergia entre a fintech e a insurtech, sem dúvida, se aprofundará, com potenciais significativos de crescimento em serviços financeiros B2B e além. As seguradoras estão em um momento crucial, com a oportunidade de aproveitar a tecnologia e a inovação, com foco em soluções centradas no cliente, para navegar com sucesso no mercado que prioriza o digital.

O futuro é brilhante para aqueles que estão prontos para abraçá-lo.

No Dia dos Corretores, Azos comemora crescimento e ressalta importância dos profissionais

Insurtech teve um crescimento de mais de 45% no número de corretores parceiros em relação ao mesmo período de 2023

Com três anos de operação, a Azos, insurtech referência em soluções para seguro de vida, ultrapassou a marca de 8 mil parceiros cadastrados, apresentando um crescimento de mais de 45% em relação ao ano anterior. O aumento ressalta a importância do corretor no mercado securitário brasileiro, especialmente em um período em que se celebra o Dia do Corretor, comemorado no dia 12 de outubro.

O impacto desses profissionais na vida dos clientes, ao oferecer segurança financeira e proteção familiar, tem sido positivo. Para se ter uma ideia, de acordo com o recente Relatório da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), com base nos dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados) o setor alcançou R$ 41,3 bilhões em prêmios no 1º semestre desse ano, sendo que do total arrecadado 47% foram em seguro de vida (individual e coletivo).

Pensando no corretor, a Azos tem investido em inovações para facilitar o cotidiano dos profissionais, tornando os processos de venda e gestão mais ágeis e eficientes. Entre as principais ferramentas disponibilizadas, destacam-se aquelas desenvolvidas para agilizar cotações de produtos, tirar dúvidas sobre os serviços oferecidos, comparar rapidamente atributos e preços das coberturas da insurtech com os de outras empresas.

Além disso, a empresa fornece um suporte amplo aos corretores por meio do Broker Experience, um canal exclusivo que otimiza processos operacionais, como a emissão de faturas e o acompanhamento de comissões. Com um tempo médio de resposta de aproximadamente um minuto e uma alta nota de satisfação (CSAT 6,86/7), a plataforma tornou-se indispensável para aprimorar a eficiência do trabalho dos corretores.

O caminho parece ir na direção correta. Segundo a Pesquisa de Satisfação Corretores com Sinistros Azos, cerca de 78% dos corretores que já tiveram outras experiências de sinistro consideram a da Azos melhor. Além disso, o mesmo relatório mostra que a insurtech recebe uma nota média de satisfação de 4,95 de 5, sendo considerada “Muito bom”. Esses dados sobre a principal área valorizada pelos corretores refletem o compromisso da insurtech em oferecer um suporte de alta qualidade aos seus parceiros, reafirmando o impacto positivo de suas ações e o elevado grau de satisfação dos corretores.

Para Rafael Cló, CEO e Cofundador da Azos, o Broker Experience foi desenvolvido com foco total nas necessidades dos representantes parceiros. “O canal de comunicação foi pensado para que eles tenham o suporte necessário de forma rápida e efetiva, permitindo que resolvam questões operacionais e dediquem o seu tempo ao relacionamento com os clientes”, comenta.

Além das inovações tecnológicas, a companhia conta ainda com o programa Azos+, desenvolvido para premiar e motivar os parceiros que se destacam por suas vendas. Classificados em categorias de bronze, prata, ouro e partner, os corretores têm a oportunidade de conquistar benefícios exclusivos e reconhecimento por seu desempenho, além de adquirir um certificado de sócio da Azos quando atingem a categoria partner.

Além disso, durante a Semana do Corretor, a empresa também promove uma série de ações especiais para homenagear os profissionais. Entre os destaques estão: o lançamento de conteúdos interativos em seus canais, incluindo vídeos com o CEO e cofundador Rafael Cló, que traz mensagens de reconhecimento ao trabalho dos corretores; uma série com depoimentos de clientes que passaram pelo processo de sinistro, destacando a importância de ter um corretor ao lado; além de relatos dos próprios corretores sobre o que significa ser um profissional no setor de seguros. A Azos preparou ainda uma ação de mídia fake OOH (Fake out of home), planejada para homenagear de maneira criativa os corretores. A campanha simula uma ativação em busdoors, espalhados por diversos pontos na icônica Av. Paulista, para reforçar o reconhecimento e a visibilidade dos parceiros da Azos.

“Estamos muito orgulhosos de tudo o que construímos junto de nossos corretores parceiros. O crescimento expressivo que tivemos nos últimos anos mostra que estamos no caminho certo, e as parcerias que construímos são a prova de que, juntos, podemos transformar o mercado de seguros de vida no Brasil”, comenta Rafael.

COVU arrecada US$ 12,5 milhões em financiamento da Série A

A COVU, empresa de serviços nativos de IA para agências de seguros, anunciou a conclusão bem-sucedida de US$ 12,5 milhões em financiamento de capital e dívida como parte de sua primeira rodada de financiamento da Série A.

Este último financiamento eleva o total arrecadado pela COVU para mais de US$ 20 milhões, com US$ 4 milhões adicionais em financiamento de dívida e patrimônio líquido a serem desbloqueados ao atingir marcos importantes. A rodada foi liderada pela Benhamou Global Ventures (BGV), ManchesterStory e Markd, com a participação de investidores novos e existentes.

A COVU fornece uma gama de produtos e serviços orientados por IA para agências de seguros, incluindo CRM, ferramentas de marketing e suporte licenciado. O novo capital permitirá que a startup aprimore ainda mais sua plataforma, permitindo que as agências simplifiquem seus fluxos de trabalho, melhorem o atendimento ao cliente e ampliem seus negócios com maior confiança.

“Estamos comprometidos em fornecer às agências de seguros soluções nativas de IA que aumentam a eficiência e a confiança”, disse Ali Safavi, cofundador e CEO da COVU. “Estamos entusiasmados com a parceria com investidores que entendem o potencial disruptivo da IA na transformação do setor de seguros. Esse financiamento nos permite dobrar nosso investimento em serviços nativos de IA e ajudar nossos parceiros de agência a otimizar suas operações e oferecer experiências superiores aos clientes.”

Eric Benhamou, sócio-gerente da BGV, elogiou a abordagem da COVU, dizendo: “A COVU é pioneira no futuro do serviço de seguros, combinando insights orientados por IA com um toque humano. Seu modelo é fundamental para desbloquear a próxima fase de crescimento do setor, e estamos entusiasmados em apoiar a COVU enquanto ela lidera essa transformação.”

Matt Kinley, sócio fundador da ManchesterStory, enfatizou a posição de mercado da empresa: “O setor de seguros está pronto para a disrupção, e a tecnologia e a abordagem da COVU estão perfeitamente posicionadas para capitalizar essa oportunidade. Sua plataforma melhora a eficiência operacional das seguradoras e, ao mesmo tempo, aprimora drasticamente a experiência do cliente.”

Com esse financiamento, a COVU pretende acelerar sua missão de ajudar as agências de seguros a expandir seus negócios, aproveitando a IA para melhorar a eficiência operacional e oferecer experiências excepcionais aos clientes.

Parker Beauchamp, fundador da Markd, acrescentou: “A abordagem inovadora da COVU para combinar IA com inteligência humana está estabelecendo um novo padrão em serviços de seguros. Estamos entusiasmados por fazer parte de sua Série A e esperamos ver como eles continuam a redefinir o que é possível no setor.”