Artigo: Que comece a transformação digital

Por Ricardo Martins, CTO da insurtech Flix

Existe uma dúvida muito comum entre os leitores dessa coluna: Como começar a modernizar e/ou implantar uma área moderna de Tecnologia e Dados com foco em entregas e no segurado/parceiro?”, claro que não existe uma bala de prata para isso mas neste artigo vou falar um pouco sobre 4 pilares que considero serem de suma importância para o começo de um projeto real de tecnologia como área de negócios centrada no segurado/parceiro:

1 – Defina o organograma + estratégia:

O primeiro passo por incrível que pareça vem de como organizamos as áreas, as disciplinas e as capacidades do time de acordo com os objetivos da empresa e negócio. 

Por exemplo se o foco da sua empresa neste ano está na expansão de clientes e aumento na capacidade de atendimento teremos que montar times com mais foco e recursos que estejam alinhados com isso, provavelmente neste cenário precisaremos de mais BI Designers de Experiência e Dev’’ de Frontend do que por exemplo engenheiros de dados e/ou backend.

Essa etapa muitas vezes não é muito bem pensada e acabamos formando times/squads com base na tecnologia ou nos processos e é muito importante que eles sejam formados pelos desafios que temos pela frente.

2 – Todos por um:

Já que desenhamos todo nosso time e organograma com base nos desafios de negócios da empresa é de suma importância que essa seja a métrica que o time todo vai seguir como sucesso e/ou fracasso.

Não importa se são da área de Marketing, Pessoas, Tecnologia ou operações, todos nesse nosso exemplo devem responder pela métrica de Novos Clientes e utilizar das ferramentas de cada disciplina e expertise para atender essa necessidade.

3 – Se tudo é prioridade, nada é prioridade:

Com time, objetivo e todos alinhados pela mesma meta chegou a hora de definir por onde vamos começar, neste caso é sempre importante ter na mesa pelo menos um representante de cada área envolvida neste objetivo.

É muito comum, por exemplo, deixarmos déficit técnico de tecnologia para sempre, pois o decisor das prioridades é somente a área cowwwmercial, ou deixar uma feature super importante para depois pois o decisor é um Tech Lead.

A democracia do Squad/Time dá-se normalmente por uma votação de todos envolvidos e devem ser revistas a cada ciclo de Sprint visando sempre a entrega de maior valor em menos tempo possível.

4 – Governança:

Com tudo isso organizado e muito importante definir quem cuida do que e diante de impasses quem acaba se responsabilizando e tomando as famosas decisões difíceis, aqui o intuito de ter bem definido é muito mais sobre agilizar e retirar possíveis impeditivos do que necessariamente iniciar uma caca as bruxas no caso de algo der errado.

Ter uma governança bem definida com KPI e/ou OKR métricas e fluxo de trabalho que seja multidisciplinar e com capacidade de ser horizontal é fundamental para os modelos que falamos neste artigo funcionem, a governança também deve ser um instrumento de inclusão e garantia que todo o combinado esteja funcionando e de acordo com o plano estratégico da empresa.

Com esses 4 pilares bem estruturados começar a entregar valor fica fácil e normalmente o próprio ecossistema costuma eliminar os problemas de lentidão, priorização, guerrilha departamental e outros problemas comuns entre estruturas de Tecnologia, Negócios e Comercial.

Parece simples mas não é como diria o mentor Seth Godin – “Pense grande, comece pequeno”. Comece por objetivos de negócios mais simples colecionando pequenas vitórias e fazendo com que este time virem agentes multiplicadores da ideia.

Vamos juntos transformar o mercado de seguros num lugar onde o segurado e o parceiro tem prioridade e todos nos colocamos a disposição para servi-los.

SOBRE O AUTOR:

Ricardo Martins

Com mais de 15 anos de experiência no marketing e também em projetos de tecnologia para web, Ricardo já atuou em diversos clientes e agências tendo exercido liderança e trabalhado com grandes marcas como: Spotify, Procter and Gamble, Johnson and Johnson, Fiat, Jeep, Sodexo, Itau, Renault, Pernambucanas, Nextel, BASF, Citroë, Santander, entre outras.
Na StormX liderou a área de Martech ajudando a levantar toda a estrutura de market science do grupo Santander. Hoje lidera as áreas de growth e tecnologia da Flix Seguros acumulando os cargos de CTO e CGO.

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