Cenário econômico desafiador não impede a PIER de conquistar 80% das receitas no modelo Sandbox

Empresa é case de sucesso, sendo a primeira desta modalidade a receber a autorização definitiva para atuar como seguradora

O organizador do Insurtech Brasil 2022, José Prado, promoveu um debate sobre o “Cenário econômico atual e o impacto nas insurtechs”, ao lado de Igor Mascarenhas, CEO da Pier. A companhia foi a primeira a conquistar a licença definitiva de operação como seguradora no processo do sandbox regulatório.

Parte disso, deve-se ao fato de que – mesmo no cenário econômico desafiador -, a PIER conseguiu conquistar 80% das receitas produzidas pelas empresas que fazem parte do processo de Sandbox Regulatório – ambiente de testes promovido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

“Tivemos diversas mudanças desde o surgimento da Associação Brasileira de Insurtechs, em 2019, com diversos impactos no Sandbox. Agora, como promover a expansão e o crescimento do setor de seguros?”, perguntou Prado.

“O crescimento exponencial é muito lento no começo. É preciso dar tempo para que a empresa veja o crescimento na prática. A PIER experimentou esse crescimento exponencial – criando instrumentos para essa finalidade. A empresa cresceu mais de 40 vezes em receita nos últimos três anos”, ponderou Mascarenhas ao destacar que o ecossistema de insurtechs evoluiu muito durante o último triênio. “Esse, entretanto, é um mercado muito difícil para retenção de talentos, um de nossos maiores ativos”, contrapôs.

Igor Mascarenhas revelou, durante o debate no Insurtech Brasil, ser muito comum que os próprios clientes da PIER falem sobre as experiências com a empresa nas redes sociais. 

Efeitos da crise global

“Tivemos grandes efeitos na cadeia de suprimentos – com a pandemia – e, agora, também contamos com instabilidade geopolítica e aceleração da curva de juros para barrar a inflação. Isso faz com que os investidores busquem menor risco, o que diminui a liquidez dos ativos”, analisou o especialista. Mascarenhas ainda abordou a crise que tem atingido as empresas de tecnologia nos últimos seis meses. “Principalmente empresas que fugiam muito da racionalidade do mercado. Algumas perderam até o fundamento”, pontuou.

Igor Mascarenhas ainda declarou que algumas empresas abriram oferta pública de ativos “em um momento precoce”. “As insurtechs sofreram mais neste processo. Um indicador importante disso são as empresas que valem menos do que captaram de dinheiro”, reforçou ao apontar uma correção mais acentuada. “No nosso caso, focamos em equipe forte, alto índice de satisfação e ter o produto que os clientes gostam e recomendam”, completou.

Mascarenhas e Prado evidenciaram ao público presente a importância do resseguro para oferecer maior proteção diante do cenário desafiador – afinal, o cenário macro pode impactar na operação de todas as empresas. Segundo o CEO da PIER, “veremos investimentos mais racionais do que se via anteriormente”. “O setor imobiliário, por exemplo, tende a sofrer mais com a taxa de juros. No setor de seguros já estamos acostumados a lidar com margens mais altas de juros, mas outro fenômeno relevante se dá pela inflação”, mencionou o especialista. “Um ponto positivo é a redução no número de desocupados, mas ainda assim – haverá diminuição no poder de compra. Devemos ter cuidado com as perdas”, sinalizou.

“As empresas buscam depender menos de capital externo. Quem estiver mais alavancado vai sofrer mais, por serem empresas com dificuldades setoriais. É muito difícil manter a operação com algo como 30% de layoff”, ponderou Igor Mascarenhas ao citar a onda de demissões que tem atingido o mundo das startups.

A importância de escalar a operação e de “dar lucro”

“O lucro está sendo mais exigido. As empresas precisam ter indicadores múltiplos de lucro”, evidenciou Mascarenhas ao demonstrar que a taxa orgânica da PIER para aquisição de clientes é muito forte. “Em todos os canais o produto é adaptado, apesar de ter uma mesma base – o que facilita a distribuição e gera custos mais eficientes”, acrescentou o debatedor.

Igor Mascarenhas acredita nas oportunidades das rodadas de investimento e dos investidores-anjo. “Para empresas muito iniciais é preciso ter clareza na proposta de valor, ter clareza do tamanho do mercado e elementos robustos”, disse ao comentar a importância da correta precificação. “Foquem mais no micro, quem é o cliente, qual sua dor. Um produto para um cliente e um canal. Isso, muito bem feito, será um primeiro passo muito importante para valoração”, afirmou ao reforçar a relevância da satisfação dos clientes como parâmetro de inovação e também de parcerias para oferecer as soluções quando e onde os consumidores necessitam.

PIER focou em clientes que nunca tiveram seguro

Na parte final do debate com José Prado, Igor Mascarenhas apresentou números impressionantes no que tange à carteira de segurados da PIER. Segundo ele, no Seguro para Celular, 85% dos clientes nunca tiveram um seguro na vida. “No Seguro Automóvel, 60% dos clientes não tinham seguro ao contratar nossa solução. Muitos clientes transitam e deixam as associações de proteção veicular e as trocam pela PIER”, finalizou.

A 5ª edição do Insurtech Brasil contou com o apoio da Sensedia, Innoveo, D1 – Zenvia, Planetun, Suthub, Autovist, Guy Carpenter, fitinsur, Carbigdata, Coover, Guidewire, Onze, Souza Melo Torres, Hannover Re, MAG, BNP Paribas Cardif e Bluecyber.

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