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CEO da Pier: “Estamos mudando a relação das pessoas com os seguros, com preços mais baixos, pagamento rápido de sinistros e uso intensivo de IA”

Escrito por Hernán Fernández do 100% Seguro

No ITC Vegas 2025, a décima edição do evento de inovação em seguros mais importante do mundo, a 100% SEGURO entrevistou Igor Mascarenhas, cofundador e CEO da Pier, a primeira seguradora 100% digital do Brasil. Trata-se também da primeira operadora de seguros brasileira sem um grupo econômico de capital privado por trás, financiada inteiramente com capital de risco e com o apoio de importantes fundos de investimento, como a Corporação Financeira Internacional (IFC) do Banco Mundial.

Antes de fundar a Pier, Mascarenhas atuou como investidor em uma aceleradora de startups, onde descobriu o potencial de criar uma seguradora do zero “que respeitasse o consumidor, oferecesse preços acessíveis e transformasse um setor que sempre foi muito desafiador”. E sua experiência, sem dúvida, pode ser inspiradora para outras operadoras da região.

Do sandbox à liderança do mercado insurtech

A Pier foi pioneira no sandbox regulatório brasileiro, um ambiente experimental promovido pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) que permite testar novos modelos e produtos sob certas restrições. “Tínhamos muita vontade de mudar a relação das pessoas com os seguros. Essa é a nossa missão como empresa”, revelou Mascarenhas, explicando que “por isso oferecemos uma experiência muito superior e produtos acessíveis. E, sendo um mercado regulado, o regulador faz parte dessa equação”.

A Pier foi a primeira empresa a se apresentar ao regulador para impulsionar uma maior competitividade no segmento. “Fomos o primeiro MGA (Managing General Agent) do país e trabalhamos junto ao regulador para trazer boas práticas e experiências. Contribuímos para que o Brasil tivesse seu primeiro sandbox”, destacou.

O executivo afirmou que esse ambiente permitiu experimentar em um contexto de menor risco, com limites de cobertura e volume. “O sandbox é um ambiente onde as empresas podem testar produtos e demonstrar valor ao consumidor. As que conseguem fazer isso crescem e evoluem até obter uma licença definitiva”, explicou. De fato, a Pier foi a primeira empresa a romper os limites do sandbox e obter uma licença completa de seguradora (S3) no Brasil.

Acessibilidade e experiência: os pilares da Pier

Questionado sobre as diferenças entre a Pier e uma seguradora tradicional, Mascarenhas foi enfático: “O consumidor quer um produto acessível, que funcione bem, que não lhe dê dores de cabeça e que, quando tiver um sinistro, seja bem atendido. Usamos a tecnologia mais avançada, mas o que vende é oferecer preços justos e uma experiência superior”.

O modelo de negócios da Pier se baseia em uma arquitetura tecnológica própria que permite preços mais baixos e processos mais ágeis. “Nossos produtos são, em média, 15% mais baratos que o menor preço do mercado e oferecemos uma experiência muito superior”, garantiu.

Atualmente, a empresa oferece seguros para celulares e automóveis, com uso intensivo de inteligência artificial em todas as etapas do processo. “No seguro de celular, nosso agente de IA analisa 100% dos casos e paga automaticamente 30% dos sinistros em segundos”, afirmou o CEO. No segmento automotivo, a proposta segue a mesma lógica: “Conseguimos ser 15% mais baratos que a concorrência e também pagamos sinistros em menos de 24 horas. O cliente sente que é mágico. Isso gera satisfação e um crescimento orgânico baseado na recomendação.”

Por outro lado, Mascarenhas destacou que a satisfação do cliente é o motor do crescimento sustentável: “Hoje temos o melhor índice de reputação do mercado. Acreditamos que a satisfação é a base do crescimento a longo prazo.”

Uma seguradora impulsionada por agentes de IA

O fundador da Pier lembrou que o uso da IA faz parte do DNA da empresa desde o início: “Quando começamos em 2017, queríamos ser uma seguradora digital que oferecesse uma experiência muito superior. Em 2020, estabelecemos a infraestrutura de dados e lançamos nosso primeiro agente de inteligência artificial, o Pier Bot.”

Este assistente se tornou uma referência global ao regular 100% dos sinistros de celulares e pagar automaticamente 30% deles. “Hoje temos uma rede de vários agentes de IA em diferentes partes da jornada do cliente: desde a avaliação de risco até a prevenção de fraudes ou atendimento em tempo real”, disse Mascarenhas.

Entre eles se destaca o Pier Scan, que orienta o usuário na captura de fotos para a assinatura, e outros agentes que atendem o cliente ou monitoram a carteira em busca de anomalias. “Criamos um ecossistema de agentes que atuam em diferentes pontos da jornada do consumidor e também na eficiência interna da empresa”, acrescentou.

Omnicanalidade e expansão do modelo

A Pier combina distribuição digital direta com uma estratégia omnicanal que inclui corretores, parceiros corporativos e canais API. “Acreditamos que o produto deve ser vendido onde o cliente deseja comprar. Por isso, temos usuários que chegam por meio de corretores, parcerias com bancos ou fintechs, influenciadores digitais ou nosso próprio site”, afirmou o CEO.

A empresa também conta com um programa de indicações que incentiva o crescimento orgânico. “Recebemos de braços abertos os parceiros que desejam contribuir com o crescimento da Pier e oferecer produtos de qualidade aos seus clientes”, destacou Mascarenhas.

Do sonho local ao benchmark global

Pouco mais de sete anos após sua criação, a Pier se consolidou como uma das insurtechs mais influentes da América Latina, com a ambição de se tornar uma referência global. “Nosso grande objetivo é ser um benchmark mundial em seguros e acreditamos que, a partir do Brasil, é possível alcançá-lo”, confessou Mascarenhas.

Com um modelo baseado em tecnologia, acessibilidade e experiência do cliente, a Pier demonstra que a inovação latino-americana pode competir de igual para igual com os grandes players globais, combinando propósito, dados e inteligência artificial a serviço do consumidor.

Jesse Cole no ITC Vegas: do beisebol ao seguro, a fórmula para transformar clientes em fãs

Escrito por Hernán Fernández do 100% Seguro

O criador dos Savannah Bananas foi o responsável por abrir oficialmente o ITC Vegas 2025, no salão principal do Mandalay Bay Convention Center. Com seu estilo vibrante, seu humor contagiante e seu icônico smoking amarelo, Jesse Cole mostrou como uma indústria tradicional pode se reinventar se aprender a criar fãs em vez de clientes.

A abertura mais “Banana” da história do ITC Vegas

Na quarta-feira, 15 de outubro, a maior conferência de inovação em seguros do mundo teve uma abertura fora do comum, mas inspiradora e com muitos ensinamentos para aqueles que realmente querem inovar no ramo de seguros. Jesse Cole, fundador dos Savannah Bananas e CEO da Fans First Entertainment, subiu ao palco com a energia de uma banda de rock e a mentalidade de um filósofo do marketing emocional.

Sua mensagem, entre risadas, música e storytelling, foi direta: “As empresas não fracassam por falta de produtos. Elas fracassam por falta de fãs”.

E a partir dessa frase, Cole construiu uma palestra que fez milhares de executivos do mundo dos seguros refletirem sobre uma ideia tão simples quanto transformadora: não se trata de vender apólices, mas de vender pertencimento.

Quem é Jesse Cole?

Por trás do carisma do “Yellow Tux Guy” (Cara do Smoking Amarelo, em inglês) há uma história de resiliência, risco e criatividade. Há dez anos, Jesse e sua esposa Emily começaram com um pequeno time de beisebol em Savannah, Geórgia. Eles venderam apenas dois ingressos em três meses. Ficaram sem dinheiro. Venderam sua casa, dormiram em um colchão inflável e sobreviveram com 30 dólares por semana.

“Fizemos tudo como os outros… e fracassamos como os outros”, lembrou Cole. “Até que entendemos que, se fizéssemos o que todos faziam, teríamos os mesmos resultados. Tínhamos que fazer algo que chamasse a atenção. E entendemos uma coisa: a atenção vence o marketing mil vezes.”

Assim nasceu o Savannah Bananas, um espetáculo esportivo onde o beisebol se tornou um show, os jogadores dançam, os árbitros cantam, o público participa e a diversão substitui a rigidez. Hoje, a franquia tem uma lista de espera de mais de 4 milhões de fãs, 15 milhões de seguidores nas redes sociais e uma comunidade global que compra não um ingresso, mas uma experiência.

De clientes a fãs: a lição mais poderosa para o setor de seguros

Cole afirmou que o futuro dos negócios não depende do número de clientes, mas do número de fãs. “Os clientes são transacionais. Os fãs são emocionais. Os clientes pagam e vão embora. Os fãs ficam, seguem você, recomendam você, defendem você”, explicou.

“Imaginem ter clientes que tatuam o logotipo da sua empresa? Nós temos mais de 300. Alguns nem sabem mais onde colocá-los”, brincou. “É isso que acontece quando uma marca consegue fazer as pessoas sentirem algo. Não se trata do que você faz, mas de como você faz as pessoas se sentirem.”

Fricção: o inimigo invisível do setor de seguros

Um dos momentos mais impactantes foi quando ele falou sobre as “auditorias de atrito”. Cole explicou que toda inovação começa colocando-se no lugar do cliente.

“Walt Disney comia um cachorro-quente só para saber onde deveria colocar a lixeira mais próxima”, contou. “Essa obsessão por ver com os olhos do hóspede é a base de qualquer reinvenção. No nosso caso, percebemos que o beisebol tinha três atritos: muito longo, muito lento e muito chato. Assim nasceu o Banana Ball, o jogo mais rápido e divertido do mundo”.

Para Cole, o seguro enfrenta um desafio semelhante: processos extensos, linguagem incompreensível, burocracia que afasta. Sua receita: eliminar cada ponto de atrito, mesmo os microatritos.

“Até as faturas são uma oportunidade para emocionar. Nosso recibo de pagamento começa dizendo: ‘Hoje é o dia que você estava esperando. O dia em que você pode pagar!’. Parece ridículo… mas as pessoas nos escrevem para agradecer por uma fatura. Imagine isso”.

Entretenha sempre: a emoção como vantagem competitiva

Cole desafiou os presentes a pensar de forma diferente sobre o conceito de entretenimento. “Muitos pensam: ‘Não estamos no ramo do espetáculo’. Mas entreter significa proporcionar prazer. E não deveríamos todos fazer isso?”, questionou.

Ele contou que, durante os primeiros anos, ligava pessoalmente para cada fã que comprava um ingresso: 150.000 ligações por ano. “Às vezes, é preciso fazer o impossível para depois poder crescer. Se alguém decide fazer negócios com você, comemore, não considere isso como algo natural.”

“As pessoas não compartilham processos, elas compartilham emoções. Ninguém conta a um amigo que sua apólice foi renovada. Mas conta se alguém o fez sentir-se importante.”

Faça o impossível… mesmo que falhe

A palestra também foi um hino à experimentação. Cole contou como a primeira tentativa dos Bananas — uma “Flatulence Fun Night” (Noite Divertida de Flatulências, em inglês) com burritos e almofadas de pum — foi um desastre total. “Mas o fracasso faz parte do espetáculo. É preciso passar pelo desastre para chegar ao grandioso.”

O conselho para as seguradoras foi claro: experimente sem medo. “O marketing funciona. Mas o que realmente muda um negócio é investir na experiência. O que seus clientes dizem sobre você vale mais do que qualquer campanha.”

Popsicle moments: pequenas ações, grandes lembranças

Para explicar como criar momentos inesquecíveis, Cole citou o Magic Castle Hotel, em Los Angeles, que se tornou o segundo melhor classificado da cidade com um simples telefone ao lado da piscina com a inscrição Popsicle Hotline.

“Você liga, pede um sorvete e, em um minuto, aparece um garçom com luvas brancas e uma bandeja de prata. É um sorvete de 15 centavos… mas muda o seu dia.”

“Quais são os momentos Popsicle da sua empresa? O que você faz que é tão inesperado, tão humano, que o cliente se lembra anos depois?”

Empodere seu pessoal, descubra seus Reggies

A história final foi a de Reggie, um funcionário que começou varrendo os estádios e terminou como coach motivacional dos Bananas.

“Ele nunca faltou um dia, sempre dizia: ‘É um ótimo dia para um jogo de beisebol’. E um dia comemoramos seu aniversário no estádio, fizemos dele parte da equipe. Ele acabou ficando mais famoso do que nossos jogadores.”

“Reggie não foi alguém que empoderamos. Ele nos empoderou. Cada empresa tem seu Reggie: alguém que só precisa de uma oportunidade para brilhar.”

“Bata com força, caso você acerte”

No encerramento, Jesse relembrou sua infância e como seu pai o encorajou a superar o medo: “Meu pai sempre gritava da arquibancada: ‘Bata com força, caso você acerte!’ Desde então, entendi que vale mais a pena tentar com força do que ficar olhando.”

“Não estamos no ramo de seguros, estamos no ramo de fazer as pessoas se sentirem seguras. E, para isso, é preciso ousar ser diferente, errar, emocionar… e bater com força, caso você acerte.”

A palestra de Jesse Cole deixou uma marca profunda. Porque, num mercado que busca se digitalizar, automatizar processos e ganhar eficiência, sua mensagem lembrou algo essencial: a tecnologia pode expandir uma operação, mas somente a emoção pode expandir uma marca.

“As pessoas não odeiam seguros. Elas odeiam se sentir ignoradas. Se você as fizer rir, se as fizer se sentir vistas, se as fizer participar… elas voltarão. Porque o que lembramos não é o que compramos, mas como nos fizeram sentir”, concluiu diante de uma plateia que o aplaudiu de pé.

O verdadeiro futuro da IA nos seguros: a visão realista do fundador da Guidewire e 3 lições para levar em conta

Escrito por Hernán Fernández do 100% Seguro

Na última quinta-feira, 16 de outubro, no terceiro e último dia do ITC Vegas 2025, o evento de inovação em seguros mais importante do mundo, o palco principal teve como protagonista Marcus Ryu, fundador e ex-CEO da Guidewire, que deu uma palestra inspiradora com muitas lições para os executivos do nosso setor.

Com um estilo tão reflexivo quanto provocador, o atual sócio geral da Battery Ventures e líder de investimentos em insurtech compartilhou sua visão sobre o futuro da inteligência artificial e seu impacto no negócio de seguros, combinando sua experiência como empreendedor, investidor e referência na transformação tecnológica do setor.

Entre o “maximalismo” e o “realismo” da inteligência artificial

Ryu iniciou sua apresentação lembrando como o entusiasmo pela IA atingiu níveis quase messiânicos nos últimos anos. Ele citou figuras como Sam Altman, Dario Amodei e Elon Musk, que previram a chegada da “IA super-humana” para 2025, e mencionou até mesmo o manifesto da empresa de capital de risco Andreessen Horowitz, que afirma que “qualquer desaceleração da IA custará vidas e é uma forma de assassinato”.

“Podemos chamar isso de ‘maximalismo da IA’, e é compreensível de onde isso vem, porque todos ficamos impressionados com a fluidez dos modelos de linguagem”, afirmou. “Interagir com um sistema tão versátil pode dar a sensação de estar diante de uma mente inteligente que leu tudo. Mas a realidade é que essas tecnologias ainda estão longe de uma inteligência geral real”.

O fundador da Guidewire destacou que, embora os modelos de linguagem sejam extraordinários em tarefas como pesquisa, resumo, reconhecimento de padrões ou tradução entre idiomas e sistemas, eles ainda apresentam limitações significativas. “Eles são muito úteis para o setor de seguros — por exemplo, na análise de documentos de sinistros e apólices, no atendimento omnicanal ou na modelagem de riscos com base em dados alternativos —, mas não devemos perder de vista que ainda estamos em um estágio inicial”, alertou.

Ryu se definiu como um “empirista” da IA: “Não sou cético nem maximalista. Acredito nas evidências. E a realidade é que, por enquanto, o impacto positivo da IA nas empresas tem sido mais lento, mais complexo e menos espetacular do que o previsto”, afirmou.

Segundo ele, os efeitos exponenciais observados entre 2022 e 2024 desaceleraram. “A escalabilidade dos modelos não garante mais avanços lineares, e as capacidades emergentes continuam limitadas no raciocínio causal, físico ou composicional. Mesmo os modelos de linguagem, treinados com todos os jogos de xadrez da história, cometem erros básicos de regras”, exemplificou.

Ele citou um estudo do MIT que revelou que 95% dos projetos de IA ainda não geraram um retorno mensurável sobre o investimento, o que para ele confirma que “os sistemas atuais são extraordinários, mas provavelmente não são a história completa”.

Um apelo ao realismo: lições do passado

Em tom anedótico, Ryu lembrou uma conferência da qual participou em 2000, pouco antes de fundar a Guidewire, na qual especialistas previam a iminente ruptura total do setor de seguros pelo então emergente “e-business”.

“O palestrante garantiu que haveria um mercado B2B online para seguros comerciais, que os corretores seriam eliminados como os agentes de viagens e que todos os seguros pessoais seriam vendidos digitalmente, assim como a Amazon vendia ração para cães”, relatou ele, rindo. “Se tivéssemos votado naquela sala, todos teríamos acreditado nessas previsões. E todos teríamos errado”.

Ryu explicou que essas previsões ignoravam a complexidade regulatória, o valor da consultoria e a natureza idiossincrática do seguro. “Hoje, os corretores continuam mais vivos do que nunca, enquanto metade dos alimentos para animais de estimação é vendida online”, ironizou.

A lição, disse ele, é clara: “Sejamos humildes ao prever o futuro, especialmente quando os outros não são. As linhas do tempo maximalistas sempre acabam sendo incorretas”.

3 dicas para os líderes do setor de seguros e do ecossistema insurtech

Na parte final de sua apresentação, Ryu compartilhou três conselhos ou “advertências” para empreendedores e líderes do setor de tecnologia de seguros:

1. Seja humilde ao fazer previsões.

“Muitos investidores e executivos fizeram afirmações exageradas sobre o que a IA atual pode alcançar. Vamos encarar essas declarações — e qualquer coisa que um VC como eu diga — com uma boa dose de ceticismo”, afirmou.

2. Respeite a complexidade da tecnologia empresarial.

“Os mesmos obstáculos que dificultaram a adoção da internet e da nuvem continuam presentes na era da IA. Os sistemas empresariais são complexos, interdependentes e não são facilmente simplificados. Os modelos de linguagem não têm bancos de dados nem estado; eles lutam com dados tabulares e não operam de forma determinística. Estamos apenas começando a entender como melhorá-los em ambientes reais”, afirmou.

3. Ame o setor de seguros.

Ryu fez uma defesa apaixonada do setor: “Nada me incomoda mais do que ouvir alguém do Vale do Silício menosprezar os seguros. Na minha empresa, era motivo de demissão usar a expressão ‘idade da pedra’ na mesma frase que ‘seguros’”.

E concluiu com uma reflexão que despertou o aplauso da plateia: “O seguro não é chato. É profundamente significativo para as pessoas nos piores dias de suas vidas. Se todas as empresas de capital de risco desaparecessem amanhã, o mundo continuaria girando. Mas sem seguros, milhões de pessoas ficariam devastadas. Nossa missão é apoiar aqueles que prestam esse serviço vital e dar-lhes a tecnologia que merecem”.

Com essa declaração, Marcus Ryu não apenas deixou sua marca no encerramento do ITC Vegas 2025, mas também um lembrete sobre a responsabilidade e o propósito que devem guiar a inovação em seguros: a tecnologia deve servir às pessoas, e não o contrário.

CEO da Chubb: “Agimos como se estivéssemos sendo perseguidos todos os dias”

A Chubb realizou hoje sua teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre, mostrando um crescimento constante dos prêmios nos principais segmentos e um compromisso contínuo com a disciplina de subscrição, mesmo com o aquecimento da concorrência.

O presidente e CEO Evan Greenberg descreveu um mercado em que “muito mais capital está buscando propriedades”, levando a preços mais baixos, enquanto os termos e condições permanecem estáveis. A seguradora está se afastando da exposição a catástrofes com preços abaixo do valor de mercado, buscando crescimento em seguros contra acidentes, pequenos seguros comerciais E&S (apoiados pela distribuição digital) e programas como seguros para animais de estimação.

Na América do Norte, os prêmios totais de seguros patrimoniais e acidentais aumentaram 4,4%, impulsionados por um crescimento de mais de 8% nas linhas pessoais e 3,5% nas comerciais. Ajustadas pelos itens pontuais do ano passado, as renovações no negócio comercial aumentaram 6,2%, com as linhas financeiras subindo quase 8,5%. As linhas pessoais de alto patrimônio líquido da empresa atingiram US$ 1,8 bilhão em prêmios trimestrais — quase igualando seus negócios de médio porte e grandes contas, com US$ 2,1 bilhões cada.

Greenberg destacou as iniciativas digitais e de IA da Chubb, chamando-as de anos em desenvolvimento e cada vez mais essenciais para o funcionamento da empresa. “Nossos esforços digitais e de IA, em desenvolvimento há anos, estão contribuindo para o crescimento e começando a transformar a empresa na forma como fazemos negócios.”

Quando questionado sobre como a Chubb mantém sua vantagem em dados, tecnologia e subscrição, Greenberg creditou a cultura de disciplina e vigilância constante de longa data da empresa. “Quanto mais alto você chega, mais você trabalha”, disse ele. “Agimos como se fôssemos perseguidos todos os dias.”

Com mais de US$ 60 bilhões em receita e exposição em dezenas de países, a Chubb não se vê descansando sobre seu domínio, mas correndo em direção à próxima oportunidade em um mercado global de seguros de US$ 4 trilhões. “Temos o mundo à nossa frente, e é isso que nos motiva. Ponto final.”

Samsung anuncia chegada de seguro para smartphones na Amazon Brasil

A Samsung anunciou a chegada do Samsung Care+ à Amazon Brasil, por meio da sua parceria com a Assurant. Os clientes da Amazon.com.br agora podem contratar a cobertura para smartphones da linha Galaxy contra danos acidentais, oxidação, roubo e furto.

Esta é a primeira vez que a Samsung firma parceria com uma varejista no país para permitir a contratação do seguro de smartphones Galaxy diretamente em uma plataforma parceira.

A presença da Assurant na Amazon foi fundamental para viabilizar a integração e permitir que consumidores brasileiros adquiram o produto exclusivo Samsung Care+ no e-commerce.

O Samsung Care+ é um seguro voltado exclusivamente para produtos da marca, com planos que incluem danos de tela, cobertura contra acidentes, garantia estendida e proteção contra roubo e furto qualificado.

Na Amazon Brasil, está disponível o plano Samsung Care+ Proteção Completa. A modalidade prevê um acionamento por furto e roubo qualificado mediante arrombamento, com cobertura internacional, e até dois acionamentos para reparo ou troca em casos de quebra acidental, danos líquidos e oxidação.

A cobertura tem validade de 12 meses a partir da contratação e o valor varia entre R$ 269 e R$ 3.899 conforme o modelo do aparelho.

Allianz: Insolvências globais atingirão pico em 2026 em meio a mudanças no comércio

Tarifas, demanda fraca e tensão no setor elevam essas taxas

A Allianz Trade divulgou seu último Relatório de Insolvência, apresentando uma análise dos efeitos das recentes tarifas dos EUA, mudanças no comércio global e previsões atualizadas para insolvências empresariais até 2027.

A seguradora de crédito comercial projeta que as insolvências empresariais globais terminarão 2025 com um aumento de 6%, com um pico previsto para 2026, marcando um quinto aumento anual consecutivo de 5%. Prevê-se um ligeiro declínio de 1% para 2027.

Impacto na América do Norte

As tarifas dos EUA introduzidas pelo governo Trump, com uma taxa efetiva de 11% em agosto de 2025 e um aumento previsto para 14% até o final do ano, alteraram os fluxos comerciais, mas não resultaram em um aumento nas insolvências.

As grandes empresas se beneficiaram, pois os exportadores moderaram os preços e as mercadorias foram redirecionadas por países como Índia e Vietnã, contendo os aumentos de custos. As tarifas também proporcionaram proteção às empresas nacionais dos EUA contra a concorrência estrangeira.

As insolvências nos EUA diminuíram cerca de 4 pontos percentuais devido às tarifas no início de 2025, mas os custos mais elevados dos insumos compensaram esses ganhos, resultando em um aumento líquido de 4% no ano. A Allianz Trade espera que as insolvências nos EUA aumentem 9% até o final de 2025, à medida que as pressões de custos e a demanda mais fraca persistirem.

Caso o boom impulsionado pela IA entre em colapso, os EUA poderão ter mais 4.500 falências. O relatório observa que é necessário um crescimento do crédito de aproximadamente 2,5% em 2026 para estabilizar os níveis de insolvência, mas o crescimento do PIB está previsto em 1,6%, abaixo dos 2,2% necessários para evitar novos aumentos. Outro aumento de 8% nas insolvências corporativas está previsto para 2026. Os pedidos de falência continuam 36% acima da média de 2016-2019, aumentando a fragilidade financeira entre os novos participantes.

Perspectiva global

A imposição de tarifas deveria aumentar os custos das matérias-primas e dos produtos manufaturados, o que tem um impacto direto nos custos de sinistros para as seguradoras, particularmente nas linhas de seguros automóveis e patrimoniais. As interrupções na cadeia de abastecimento e a escassez de materiais são fatores contribuintes, e as seguradoras estão monitorando esses desenvolvimentos, pois afetam tanto os sinistros quanto os preços dos prêmios.

Enquanto as seguradoras de bens e acidentes são diretamente afetadas por esses aumentos de custos, as seguradoras de vida e saúde são mais suscetíveis a sofrer efeitos indiretos. A volatilidade do mercado financeiro e as mudanças no sentimento de investimento, impulsionadas pela incerteza relacionada às tarifas, podem influenciar as avaliações da carteira e o comportamento dos segurados.

Globalmente, as insolvências devem aumentar 6% em 2025 e 5% em 2026, antes de uma ligeira queda de 1% em 2027. O ano de 2026 marcará cinco anos consecutivos de aumentos, com níveis 24% acima das médias pré-pandêmicas. Nos três primeiros trimestres de 2025, foram registradas 327 grandes insolvências, com uma média de uma a cada 20 horas.

Espera-se uma divergência persistente, com os EUA e a China impulsionando aumentos globais, enquanto a Europa Ocidental começa a moderar com um declínio de 2% em 2026. O crescimento, o financiamento e os fatores fiscais continuam sendo os principais obstáculos, com os setores de construção e automotivo identificados como particularmente vulneráveis.

Lemonade lança integração direta com veículos Tesla

A Lemonade está lançando uma integração direta com os veículos Tesla, eliminando a necessidade de um dispositivo telemático plug-in em seu produto Pay Per Mile. A medida permite que os motoristas da Tesla ativem o Lemonade Car de forma integrada, reduzindo os custos de hardware e envio.

De acordo com o cofundador Shai Wininger, a API da Tesla fornece dados de direção mais precisos do que os dispositivos UBI tradicionais, permitindo que a Lemonade ofereça melhores preços e recompensas vinculadas à direção segura e ao uso do Full Self-Driving (FSD).

Com base em nossa análise, a Califórnia continua sendo o maior mercado automotivo da Lemonade, com cerca de 30.000 apólices de automóveis, em comparação com aproximadamente 256.000 segurados da Tesla no estado.

Em todos os mercados, a Lemonade registrou 84.273 apólices de automóveis em 2025.

Munich Re: Fechar a lacuna na proteção cibernética é uma responsabilidade social crítica

A Munich Re alertou que a considerável lacuna na proteção do seguro cibernético, que expõe diretamente indivíduos e empresas, torna o fechamento dessa lacuna e o reforço da resiliência cibernética não apenas uma prioridade estratégica para o setor de seguros, mas uma responsabilidade “social crítica”.

No Baden-Baden breakfast briefing 2025, a Munich Re destacou a magnitude da ameaça, observando que o crime cibernético causa um prejuízo econômico estimado em aproximadamente US$ 10 trilhões em todo o mundo.

O briefing também destacou que, apesar da crescente sofisticação e frequência dos ataques cibernéticos, as pequenas e médias empresas (PMEs) continuam subestimando os riscos existenciais representados pelos hackers, o que as deixa particularmente expostas.

Claudia Strametz, que lidera os negócios da Munich Re na Alemanha e é responsável pelos negócios cibernéticos na Europa, comentou: “Nos últimos 10 a 15 anos, o seguro cibernético experimentou um crescimento notável, evoluindo de um produto praticamente inexistente para um mercado global com aproximadamente € 15 bilhões em prêmios atualmente.

A Munich Re tem estado na vanguarda desse desenvolvimento. Apesar desse progresso, menos de 5% e possivelmente apenas 1% dos riscos cibernéticos estão atualmente segurados, e o seguro cibernético ainda representa menos de 1% do mercado total de seguros patrimoniais e de acidentes.”

Além disso, a Munich Re reiterou que a substancial lacuna na proteção do seguro cibernético representa riscos diretos para indivíduos e empresas.

“Fechar essa lacuna de proteção e fortalecer a resiliência cibernética não é, portanto, apenas um imperativo estratégico para o setor de seguros — é uma responsabilidade social crítica”, enfatizou a gigante do resseguro.

Para enfrentar esse desafio, a Munich Re afirmou que está continuamente aprimorando suas capacidades, investindo em ferramentas de modelagem avançadas e equipes cibernéticas especializadas para melhor compreender e mitigar os riscos cibernéticos emergentes.

“O compromisso com a construção da resiliência cibernética é demonstrado por meio da colaboração ativa em todo o setor. Esses esforços têm como objetivo estabelecer as bases para o crescimento sustentável do mercado e para um mercado de seguros cibernéticos robusto e preparado para o futuro”, concluiu a Munich Re.

Clarisse Kopff, membro do Conselho de Administração da Munich Re, observou que, em meio aos riscos crescentes relacionados ao clima e aos impactos contínuos da instabilidade geopolítica e macroeconômica, a empresa continua comprometida com seu papel estabilizador — ancorado em relacionamentos de longa data com os clientes e foco em soluções resilientes e voltadas para o futuro.

A Shadow AI é um problema crescente

O uso da Shadow AI está aumentando à medida que os funcionários contornam as políticas de segurança, criando riscos sem precedentes para a proteção de dados e a conformidade regulatória.

A inteligência artificial (IA) rapidamente se tornou uma ferramenta de produtividade indispensável para os funcionários. Desde a redação de e-mails até a análise de documentos e o uso de assistentes de codificação de IA, os trabalhadores estão incorporando a IA em seus fluxos de trabalho diários.

No entanto, há um problema crescente. A maioria das empresas tem dificuldade em compreender e lidar com os riscos de segurança associados a um ecossistema em expansão de ferramentas de IA, por isso proíbem totalmente a maioria (senão todas) as ferramentas e só aprovam o uso de algumas (se houver) que consideram seguras e em conformidade. Infelizmente, nem todos os funcionários cumprem as políticas da empresa, com muitos optando por usar ferramentas não aprovadas e não autorizadas — conhecidas como Shadow AI.

Semelhante à Shadow IT, a Shadow AI ocorre quando os funcionários utilizam ferramentas externas de IA — IA generativa, assistentes de codificação ou ferramentas de análise, por exemplo — das quais a equipe de TI não tem conhecimento ou supervisão. A Shadow AI é muito mais arriscada do que a Shadow IT, porque ferramentas como ChatGPT e Claude, e modelos de linguagem de código aberto (LLMs) como Llama, são facilmente acessíveis, fáceis de usar e não são facilmente visíveis. Isso cria uma superfície de risco invisível e em rápida expansão, que só aumenta à medida que o uso não aprovado de IA cresce.

Pesquisas recentes destacam os perigos da Shadow AI: 84% das ferramentas de IA já sofreram violações de dados e mais da metade (51%) das ferramentas foram vítimas de roubo de credenciais. Além disso, uma pesquisa realizada no final de 2024 com 7.000 trabalhadores empregados pela CybSafe e pela National Cybersecurity Alliance (NCA) mostra que cerca de 38% dos funcionários compartilham dados confidenciais com plataformas de IA sem aprovação.

Imagine que cada consulta ou solicitação não autorizada gera o potencial de vazar dados corporativos confidenciais para usuários mal-intencionados ou não autorizados, e você poderá entender a gravidade dos riscos da Shadow AI.

Os perigos representados pela Shadow AI

À medida que as empresas restringem o uso de ferramentas de IA — a menos que elas tenham mecanismos de segurança integrados e comprovadamente cumpram as leis e regulamentações de proteção de dados, como HIPAA e GDPR —, existe um amplo ecossistema de ferramentas não autorizadas disponíveis no mercado, cujo uso pode trazer riscos e consequências:

  • Vazamento de dados → consultas confidenciais e contexto enviados para ferramentas de IA inseguras.
  • Perda de propriedade intelectual → detalhes confidenciais de produtos ou estratégias expostos.
  • Falhas de conformidade → dados regulamentados (saúde, financeiros, pessoais) usados em ferramentas não aprovadas.
  • Roubo de credenciais → como metade das ferramentas de IA demonstraram, nem mesmo os controles de acesso são garantidos.

Simplificando: a Shadow AI não é apenas um incômodo – é uma porta aberta para invasores e um pesadelo de conformidade prestes a acontecer.

Apesar dos riscos, muitos funcionários usam IA por alguns motivos:

  • A pressão pela produtividade é real → os trabalhadores querem maneiras mais rápidas e inteligentes de realizar suas tarefas. A IA parece ser a única maneira de acompanhar o ritmo.
  • As ferramentas corporativas geralmente ficam para trás → aprovações lentas ou plataformas desatualizadas levam os trabalhadores a “trazer sua própria IA”.
  • Eles não têm consciência dos riscos → os funcionários podem saber que estão usando ferramentas não autorizadas, mas podem não compreender o nível de risco que isso representa.
  • A IA parece intuitiva e indispensável → uma vez que os funcionários experimentam o valor, raramente voltam atrás.

Saindo das sombras

A maneira de mitigar a Shadow AI não é proibir o uso de ferramentas de IA. Proibir a IA não só é ineficaz, como pode realmente introduzir mais riscos, porque o uso dos funcionários fica oculto, fora do alcance da TI. E a verdade é que os funcionários não vão parar de usar a IA. Mas as empresas podem fazer mais para fornecer canais seguros e autorizados e ferramentas de IA seguras que realmente atendam às necessidades dos funcionários.

Para isso, são necessários alguns elementos:

  • Confidencialidade integrada → criptografia contínua para que nem o modelo nem os dados apareçam em texto simples.
  • Controles de nível empresarial → visibilidade de como a IA é usada sem sufocar a inovação.
  • Desempenho em escala → ferramentas tão rápidas e intuitivas quanto as alternativas de consumo que atraem os funcionários.

A oportunidade do CISO: adoção segura e compatível da IA

Shadow AI pode causar dores de cabeça e noites sem dormir para os CISOs, mas existem ferramentas que eles podem aproveitar para permitir que suas empresas adotem o poder da IA, garantindo proteção completa dos dados e LLMs.

As organizações precisam de uma adoção segura da IA para proteger os dois lados da história:

  • Os modelos são criptografados → protegendo IP, pesos e parâmetros contra roubo ou adulteração.
  • Os dados são criptografados → garantindo que conjuntos de treinamento, consultas e resultados nunca vazem em texto simples.

Se um modelo de IA for roubado, ele será inútil, pois só pode funcionar dentro do ambiente de execução confiável (TEE). A chave de criptografia, que existe apenas dentro do TEE, protege os dados, garantindo que apenas os usuários com a chave possam visualizar os resultados gerados por cada consulta.

Uma abordagem de camada dupla (criptografia totalmente homomórfica (FHE) e TEE) garante que os provedores de IA não possam reconstruir entradas/saídas brutas do usuário, mesmo durante transformações confidenciais. O TEE gerencia brevemente as operações de texto simples dentro de seu espaço de memória seguro e, em seguida, recriptografa imediatamente os resultados, enquanto o FHE garante que os dados permaneçam criptografados durante todas as operações.

A FHE pode ser implantada para proteger qualquer número de ferramentas de IA, permitindo que as empresas adotem ferramentas de IA com a confiança de que não ocorrerá vazamento de dados e que a conformidade regulatória não será comprometida.

O resultado: as empresas recuperam o controle. Os funcionários ganham produtividade. A adoção da IA é abraçada com confiança e tranquilidade.

A IA confidencial torna a Shadow AI uma coisa do passado

Shadow AI existe porque os funcionários estão desesperados por ferramentas melhores. A única maneira sustentável de combatê-la é oferecer alternativas seguras e poderosas que protejam tanto os dados corporativos quanto os modelos de IA.

Escrito por Ravi Srivatsav, CEO e cofundador do DataKrypto.

Insurtech Irys levanta US$ 12,5 milhões para reconstruir sistemas de seguros

A Irys, uma insurtech que está reconstruindo a infraestrutura de seguros a partir do zero, levantou US$ 12,5 milhões em uma rodada de investimentos liderada pela Markd, com a participação da Deepwork Capital, Florida Opportunity Fund, Ansay & Associates, HICO Ventures e JMG Capital.

O financiamento fornece à Irys capital fresco para aumentar sua capacidade de engenharia, acelerar a implementação e expandir as parcerias de distribuição nos Estados Unidos e no Canadá.

A empresa planeja usar a injeção de capital para ampliar suas equipes de engenharia e sucesso do cliente, estender suas parcerias e introduzir novos módulos baseados em IA com foco em contabilidade, análise e gerenciamento de envios no início de 2026.

A rodada também destaca a renovada confiança dos investidores na infraestrutura de seguros, após a recente captação de US$ 500 milhões da Markd para apoiar empreendimentos transformadores de insurtech.

A captação ocorre em meio a uma recuperação mais ampla dos investimentos em insurtech, com um aumento de 28% no financiamento global no último trimestre, de acordo com a Gallagher Re. Os investidores estão cada vez mais apoiando plataformas que proporcionam mudanças reais na infraestrutura. A Irys, com seu backend descentralizado, APIs abertas e estrutura de IA agênica, pretende se tornar a espinha dorsal operacional das empresas de seguros modernas.

“Durante 15 anos, administrei agências com tecnologia que não se importava se era utilizável”, disse a CEO da Irys, Margeaux Giles [foto]. “O setor ficou preso em contratos, plataformas defeituosas e promessas vazias. Isso corroeu a confiança que os agentes lutam para construir todos os dias com seus clientes. A Irys é a nossa solução para isso.”

“Vimos o que a automação simples pode fazer”, disse Giles. “Se a IA básica pode dobrar a carteira de um representante de serviços de US$ 200 mil para US$ 500 mil, imagine o que a IA agênica pode fazer por uma organização que realmente pode implementá-la.”

“O mercado confirmou: os líderes do setor de seguros estão cansados de acumular ferramentas de terceiros apenas para contornar sistemas desatualizados”, disse Parker Beauchamp, sócio-gerente da Markd. “A Irys não é apenas um novo AMS, é toda a espinha dorsal. Ela executa CRM, análises, contabilidade, tarefas e gerenciamento de documentos, tudo em um só lugar. É a infraestrutura que funciona.”

“A OpenAI e o Google estão reescrevendo o que é possível a cada seis semanas”, disse Giles. “O setor de seguros não pode se dar ao luxo de ficar uma geração atrás. A Irys é a ponte entre a inovação deles e o nosso setor.”