Banco fecha joint venture para operar em seguros

De acordo com uma matéria veiculada pelo Valor Economico nesta segunda-feira (20), o banco mineiro BS2 (antigo Bonsucesso) e a sul-africana Traficc criaram uma parceria para operar em seguros voltados a pequenas e médias empresas (PMEs).

A parceria vai usar a licença da Previmax, seguradora do BS2 que não tinha operação significativa, mas que agora está solicitando à Superintendência de Seguros Privados (Susep) uma ampliação dos ramos de atuação. A Traficc terá uma fatia de 45% e a unidade será rebatizada como BS2 Seguros, com capital de R$ 55 milhões. A expectativa é alcançar faturamento de R$ 1 bilhão em cinco anos.

A seguradora vai atuar no mercado B2B2C – com produtos para PMEs e para os clientes delas – nos ramos de vida e elementares e pretende ganhar espaço rapidamente por meio da oferta de soluções personalizadas, especialmente para o público das pequenas empresas. “Nossos movimentos recentes vão todos nessa direção. Ampliamos nossa oferta de crédito com a aquisição da plataforma Weel. Já tínhamos soluções de banking, câmbio, investimentos e toda uma estrutura de APIs à disposição dos clientes. Faltavam seguros. Agora, teremos uma complementaridade muito boa”, afirma Marcos Magalhães, CEO do BS2.

Uma das principais apostas é a personalização da oferta. A seguradora será comandada por Adriano Romano, executivo com mais de 20 anos de experiência no setor e passagens por Chubb e Cardif. “Hoje, não existe seguradora focada em PMEs no Brasil. O que existe são produtos adaptados, criados originalmente para as grandes empresas, que não resolvem, nem de longe, os problemas e as necessidades delas. As seguradoras sempre pensam no produto primeiro, o cliente que dê um jeito de se encaixar depois. Queremos quebrar esse modo de operação”, diz.

O negócio foi estruturado para atender não somente os clientes do BS2, mas o mercado em geral. A ideia é fazer parcerias com varejistas, concessionárias de automóveis, associações de profissionais e até outras instituições financeiras. Dentro de cinco anos, a ideia é que o BS2 represente entre 25% e 30% da receita da seguradora. “Teremos seguros para cobrir as instalações das PMEs, suas operações, produtos de crédito, além de seguros de vida para o empresário e seus funcionários. Fora do ambiente do banco também teremos garantia estendida para eletroeletrônicos, automóveis”, conta Romano. Ele também é o representante da Traficc no Brasil. Antes de chegar ao país, a seguradora já tinha operações em vários outros mercados da América Latina. Globalmente, atua em 20 países.

Magalhães diz que as negociações com a Traficc foram iniciadas há bastante tempo, mas a pandemia acabou atrasando um pouco o acordo. Ele revela que o banco até pensou em comprar uma “insurtech” (startup de seguros) local, mas afirma que esse segmento ainda não é tão desenvolvido como o de fintechs. “Poucas insurtechs carregam em si o potencial de inovação, bagagem e experiência necessárias para realmente fazer algo diferente, de forma rápida como a gente queria. É um segmento menos maduro que o de fintechs.”

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