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Diesta fecha rodada seed de US$ 3,8 milhões para transformar pagamentos de seguros B2B

A Diesta, umas insurtech focada na transformação dos processos de pagamento de seguros, levantou US$ 3,8 milhões em uma rodada de financiamento inicial liderada pela FinTech Collective.

O novo capital permitirá que a Diesta amplie sua plataforma e continue inovando a maneira como as seguradoras lidam com os pagamentos de prêmios B2B.

A Commerce Ventures, juntamente com vários dos investidores existentes da Diesta, também contribuiu para a rodada, demonstrando confiança contínua na visão da empresa e seu potencial para remodelar o cenário de pagamentos de seguros.

A plataforma da Diesta oferece às seguradoras uma solução unificada para gerenciar pagamentos de prêmios, automatizar processos manuais e fornecer insights sobre dados de pagamento.

Essa inovação tem como objetivo ajudar as seguradoras a reduzir os custos operacionais, melhorar a eficiência e desbloquear novos fluxos de receita.

A empresa planeja usar o financiamento para desenvolver ainda mais sua tecnologia de pagamento, com o objetivo de reduzir o número de pontos de contato no ciclo de pagamento e digitalizar todo o processo.

A Diesta pretende continuar trabalhando com uma ampla gama de participantes do setor de seguros, desde InsurTechs menores até grandes corretores e MGAs no mercado de Londres, para trazer maior eficiência ao setor.

O cofundador e CEO Julian Schoemig disse: “Nosso recente financiamento da FinTech Collective, Commerce VC e investidores existentes ressalta o rápido crescimento do foco em pagamentos de seguros B2B. Atualmente, os seguros movimentam cada pagamento de prêmio original sete vezes por meio de sistemas desatualizados, destacando o imenso potencial de digitalização. Com o apoio de nossos novos parceiros de fintech, estamos animados para construir a ponte entre a tecnologia de pagamento de ponta e o setor de seguros comerciais.

“Estamos lidando com um dos maiores desafios de back-office do setor de seguros — pagamentos de prêmios. Mostramos que podemos levar a inovação em pagamentos digitais a um espaço há muito considerado um fardo insolúvel. Ao trabalhar com todos, desde as ágeis InsurTechs até alguns dos maiores corretores e MGAs do mercado londrino, sabemos que a plataforma Diesta pode agregar imenso valor para entidades de todos os tamanhos. Estamos entusiasmados por contar com o apoio de investidores de tão alto nível como parceiros em nossa jornada de crescimento”, continuou Schoemig.

Toby Triebel, sócio da FinTech Collective, acrescentou: “O status quo em torno do processamento de pagamentos no setor de seguros está preso ao século XX e não pode durar”.

“Estamos entusiasmados com a parceria com a equipe da Diesta em sua missão de reimaginar esse setor a partir do zero. Sua visão de eliminar o tempo e os custos de processamento de prêmios, oferecendo pagamentos em tempo real, reconciliação e gerenciamento de tesouraria, ressoou fortemente desde a primeira reunião.”

A importância dos dados na personalização dos seguros

Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, a personalização dos seguros se tornou uma ferramenta essencial para atender as necessidades dos consumidores de forma eficaz e assertiva. Nesse cenário, a Justos vem se destacando como líder ao utilizar dados de forma inteligente na oferta de soluções inovadoras, personalizadas e mais justas para o seguro automotivo — uma inovação que beneficia tanto os clientes quanto os corretores.

A companhia combina tecnologias avançadas, como inteligência artificial (IA) e machine learning, com análise de dados dos usuários, permitindo entender seus comportamentos e necessidades individuais. A partir dessa análise, é possível criar apólices de seguro que refletem o perfil real do consumidor, em vez de aplicar modelos generalistas que muitas vezes resultam em preços desproporcionais.

“É injusto que um motorista que dirige de forma exemplar pague mais caro apenas porque os modelos tradicionais avaliam dados genéricos, como o local onde mora, seu gênero ou idade. Nós  acreditamos que a tecnologia e os dados comportamentais são chave para mudar essa realidade, oferecendo preços mais justos e personalizados com base no comportamento real de cada pessoa ao volante. Quem dirige bem deve ser recompensado e incentivado a continuar promovendo um trânsito mais seguro,” afirma Dhaval Chadha, CEO e cofundador da Justos

Essa abordagem inovadora traz grandes vantagens para os corretores, que ganham uma ferramenta poderosa para oferecer um produto diferenciado e mais atrativo aos clientes. Com dados detalhados sobre o perfil de cada condutor, corretores podem apresentar soluções mais alinhadas às expectativas e condições de seus clientes, aumentando as chances de conversão e fidelização. Além disso, ao trabalhar com uma plataforma tecnológica avançada, eles têm acesso a processos mais ágeis e transparentes, o que otimiza seu tempo e eleva a qualidade do serviço prestado.

Com isso, a Justos consegue entregar aos clientes um seguro mais acessível e customizado, que melhora a experiência do usuário e aumenta a transparência no processo. Por meio de um aplicativo fácil de usar, os consumidores podem acompanhar seu desempenho de condução e entender como isso impacta diretamente o valor final de suas apólices – um exemplo claro de como a análise de dados transforma a relação entre seguradora e cliente.

Além de personalizar a oferta, os dados ajudam a Justos a identificar oportunidades de prevenção de riscos, proporcionando benefícios adicionais ao usuário, como orientações para uma direção mais segura e ações que incentivam práticas que evitam acidentes.

Ao liderar essa transformação digital no setor, a Justos otimiza a jornada do cliente enquanto promove um modelo de seguro mais sustentável, eficiente e que recompensa o bom comportamento. O resultado é uma relação de confiança, transparência e benefícios mútuos, onde a inovação tecnológica coloca o cliente no centro da estratégia e oferece aos corretores uma plataforma de ponta para expandir suas operações.

Além do desconto na apólice, ao dirigir bem os clientes da Justos ganham pontos que podem ser trocados por vouchers de desconto na Uber e McDonald’s, vale gasolina nos postos Shell e no Km de Vantagens, e pontos Livelo.  

Com a personalização baseada em dados, a Justos reafirma seu compromisso de revolucionar o mercado de seguros no Brasil, oferecendo soluções modernas e adaptáveis, alinhadas ao perfil de cada consumidor e apoiadas por corretores que se beneficiam de processos mais eficientes e clientes mais satisfeitos.

Herald levanta US$ 12 milhões para impulsionar a conectividade de seguros com soluções baseadas em IA

A Herald, fornecedora de infraestrutura digital para seguros comerciais, anunciou o fechamento bem-sucedido de uma rodada de financiamento Série A de US$ 12 milhões.

Co-liderado pela Lightspeed Venture Partners e Brewer Lane Ventures, com a participação da Afore Capital e Underscore Venture Capital, o financiamento irá acelerar o desenvolvimento da API da Herald, que conecta corretores de seguros com operadoras por meio de soluções alimentadas por IA.

A plataforma da Herald simplifica os processos manuais, muitas vezes incômodos, envolvidos no seguro comercial, integrando sua API unificada diretamente aos sistemas existentes dos corretores. Isso permite que os corretores cotem e vinculem apólices de seguro em tempo real, aumentando a eficiência e reduzindo a carga administrativa. A API se integra a sistemas como o Agency Management Systems (AMS), ferramentas de Customer Relationship Management (CRM) e plataformas personalizadas, simplificando os fluxos de trabalho dos corretores em todas as áreas.

A Herald já trabalha com 8 das 25 maiores corretoras do setor e colabora com vários parceiros de serviços e tecnologia para criar soluções inovadoras para a distribuição de seguros. Por meio de parcerias com mais de 35 empresas transportadoras, a plataforma fornece acesso a mais de 80 produtos de seguro, abrangendo várias linhas de negócios, como seguro cibernético, responsabilidade profissional, responsabilidade geral e compensação de trabalhadores.

O papel da IA

As ferramentas de IA da Herald ajudam os corretores a lidar com as transações complexas e de alto volume que caracterizam o seguro comercial. Ao automatizar a extração, a transformação e o carregamento de dados de diferentes formatos, como PDFs e planilhas, a plataforma garante consistência e precisão, acelerando significativamente os fluxos de trabalho de seguros. Isso minimiza a necessidade de entrada humana e reduz as ineficiências causadas por sistemas desconectados.

Criando um padrão de dados abertos para seguros

Um aspecto fundamental da missão da Herald é estabelecer um padrão de dados moderno e aberto para o setor de seguros, que há muito tempo está atolado em entradas de dados duplicadas e padrões inconsistentes. A plataforma da Herald elimina essas ineficiências ao criar um sistema simplificado que permite que os corretores insiram dados mais precisos, ajudando as operadoras a subscrever com maior precisão. Ao fazer isso, a Herald está estabelecendo uma nova referência para a interoperabilidade de dados no setor de seguros, abrindo caminho para um setor mais conectado e eficiente.

Esse investimento de US$ 12 milhões posicionará ainda mais a Herald na vanguarda da tecnologia de seguros, impulsionando a inovação na forma como corretores e operadoras interagem e, em última análise, transformando a forma como o seguro comercial é gerenciado na era digital.

“Nossa API oferece aos corretores a flexibilidade de trabalhar em seus fluxos de trabalho preferidos, seja em um CRM ou em uma plataforma personalizada”, disse Matt Antoszyk, CEO da Herald. “Esse financiamento nos permite acelerar nossa missão de tornar a conectividade entre corretores e operadoras mais perfeita, ao mesmo tempo em que expandimos nossos recursos para atender a ambos os lados do mercado.”

Rohan Malhotra, da Brewer Lane Ventures, também comentou, dizendo: “O trabalho da Herald na criação de um padrão de dados aberto é um passo crucial para a simplificação de todo o setor. Ao padronizar os fluxos de dados entre corretores e operadoras, a Herald está tornando os processos de seguros mais rápidos, mais eficientes e mais precisos. Temos orgulho de co-liderar essa rodada e apoiar essa visão transformadora.”

Yoni Cheifetz, sócio da Lightspeed Venture Partners, acrescentou: “O foco da Herald em IA e soluções de conectividade flexíveis é exatamente o que o setor precisa. Sua tecnologia garante que os corretores possam manter seus processos existentes enquanto se beneficiam de dados em tempo real e decisões mais rápidas e precisas, transformando a maneira como as transportadoras e os corretores colaboram.”

Zurich Seguros e Instituto BRK lançam projeto de educação ambiental para escolas em terras indígenas

Estado do Tocantins é o primeiro a receber iniciativa do Instituto BRK com a Zurich Seguros, que impactará cerca de 10.500 pessoas na região

Primeira fase do projeto atenderá 20 instituições de ensino e fornecerá aproximadamente 220 mil litros de água tratada por dia, beneficiando18.000 pessoas de forma direta e indireta

No Brasil, cerca de 32 milhões de pessoas vivem sem acesso à água potável, segundo dados divulgados pelo Instituto Trata Brasil. Além disso, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada de 2019 (IBGE, 2020), crianças e jovens que moram em áreas sem acesso à rede de distribuição de água têm, em média, um atraso escolar 3,1% maior do que o daqueles que vivem em regiões com acesso à água tratada.

Para ajudar a transformar essa realidade no país, o Instituto BRK, organização sem fins lucrativos nascida a partir da iniciativa da BRK, uma das maiores empresas privadas de saneamento, acaba de lançar o projeto Fonte de Futuro, em parceria com a Zurich Seguros, que entregará água de qualidade para 20 escolas públicas em terras indígenas e outras áreas afastadas de centros urbanos.

A partir da instalação de uma tecnologia social de tratamento de água da empresa brasileira PWTech, cerca de 18.000 pessoas, entre beneficiários diretos e indiretos, terão acesso à água tratada diretamente na escola. O equipamento da PWTech elimina 100% de vírus e bactérias da água, garantindo o tratamento e afastando qualquer risco à saúde.

Atualmente, 3.541 escolas brasileiras de ensino básico estão localizadas em território indígena, de acordo com o Censo Escolar de 2022, e cerca de 9% delas não têm acesso à água potável. Esse foi o ponto de partida do projeto, que selecionou 11 escolas indígenas, rurais ou afastadas de centros urbanos e sem acesso à rede pública de água tratada no estado do Tocantins. A primeira beneficiada é a Escola Tainá, localizada na Aldeia Canoanã, em Formoso do Araguaia, enquanto as demais estão nos municípios de Campos Lindos, Miracema do Tocantins, Colmeia, Guaraí, Colinas e Rio Sono. A tecnologia será instalada em todas as escolas tocantinenses que integram o projeto Fonte de Futuro até o início de novembro.

A Escola Tainá atende 108 alunos do ensino fundamental ao médio, e não contava com nenhum serviço de saneamento. Toda a água consumida por alunos e funcionários era coletada em rio, cisterna ou poços, porém sem nenhum tipo de tratamento.

“Um projeto como o Fonte de Futuro é um aliado valioso, ainda mais em escolas indígenas. Ele contribui com diversos aspectos, principalmente com relação à saúde e ao bem-estar dos alunos e funcionários. Garantir que todos tenham acesso fácil a água potável é essencial para manter a hidratação adequada, a saúde e a concentração das crianças durante o dia escolar”, pontua Leomarcia Ferreira Maia, coordenadora pedagógica da Escola Tainá.

Ainda em Formoso do Araguaia, alunos da Escola Municipal Rural Sebastiao Sebastião Lopes da Silva, localizada no Assentamento Lagoa da Onça, também serão beneficiados com a inciativa. Na sequência, o projeto será levado para os demais municípios tocantinenses, o que totaliza 2.500 alunos atendidos pela iniciativa no estado.

Transformação de vidas

Ao todo, o projeto Fonte de Futuro abarcará 20 escolas em terras indígenas e áreas rurais ou urbanas afastadas do centro, em municípios do Tocantins, em Macaé, no Rio de Janeiro, e no estado de Goiás. Serão fornecidos cerca de 220 mil litros de água tratada por dia para 18.000 beneficiários diretos e indiretos.

“Acreditamos que o saneamento básico pode transformar a vida das pessoas e o Brasil deve expandir as soluções para que os serviços de água cheguem nas pessoas que precisam. Com esse projeto inovador, encontramos uma forma de ampliar o acesso à água tratada em áreas que estão fora do escopo contratual da empresa, e também de levar educação ambiental para as comunidades beneficiadas. Mais do que a excelência na prestação dos serviços de saneamento, estamos comprometidos com iniciativas que levam dignidade, saúde e qualidade de vida para as pessoas”, destaca Carlos Almiro, presidente do Instituto BRK.

Para a seguradora, o projeto reforça a aspiração da companhia de ser uma das empresas mais responsáveis e de maior impacto do mundo, conectando parceiros em sua agenda de sustentabilidade. “Contribuir com o projeto Fonte do Futuro significa melhorar a vida da comunidade em torno da escola. Através dele, materializamos o nosso propósito de criar um futuro melhor para as pessoas. Estamos muito satisfeitos em atuar nesse projeto ao lado do Instituto BRK, mostrando que, somando forças, podemos ampliar o impacto positivo na sociedade”, diz Nathalia Abreu, gerente de Sustentabilidade da Zurich.  

Além de oferecer e realizar a instalação da tecnologia que disponibiliza a água tratada, profissionais da BRK serão responsáveis pela manutenção dos filtros por 12 meses. Ao longo deste período, as escolas deverão indicar funcionários que serão treinados para cuidar desse processo após o término da parceria com a BRK e a Zurich Seguros. As manutenções não necessitam de conhecimento técnico apurado, pois o uso da tecnologia é simplificado, sem a necessidade de manuseio diário ou condições climatológicas específicas.

Demanda por seguros atinge maior valor nominal da história em julho

Foram mais de R$ 40,3 bilhões arrecadados apenas no sétimo mês do ano

Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou que o mês de julho de 2024 teve a maior receita nominal desde o início da série histórica. Foram arrecadados mais de R$ 40,3 bilhões em prêmios de seguros, contribuições de previdência e faturamento com títulos de capitalização, o que representou um avanço de 13,9% em relação ao ano anterior, desconsiderando a Saúde Suplementar.

No acumulado dos sete primeiros meses, o volume arrecadado somou R$ 249,9 bilhões, alta de 15,1% se comparado com o mesmo período do ano passado. O setor registrou um aumento significativo na procura por produtos como os seguros Fiança Locatícia (+26,6%), Prestamista (+23,4%), Garantia (+22,3%) e Família VGBL (+22,1%).

Em termos de indenizações, foram pagos R$ 141,4 bilhões entre janeiro e julho de 2024, um avanço de 6,0% sobre o total desembolsado pelo setor no mesmo período de 2023. Somente no sétimo mês, houve um aumento significativo de 24,6% nos pagamentos em relação ao mesmo mês do ano passado, alcançando a cifra de R$ 21,6 bilhões.

Ramo em destaque

O seguro Garantia, em particular, está sendo impulsionado pela Lei 14.133/2021, a “Nova Lei de Licitações”, cuja obrigatoriedade de aplicação entrou em vigor apenas no final do ano passado. O produto, que garante a conclusão de obras públicas e privadas, arrecadou mais de R$ 2,8 bilhões nos sete meses deste ano, um aumento de 22,3% na demanda por esse tipo de seguro.

O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira [foto], explica que a cláusula de retomada, principal objeto da nova lei, permite que, em caso de inadimplência da empresa contratada para uma obra pública, a seguradora assuma a responsabilidade pela conclusão do contrato. “Isso tende a ajudar na redução do número de obras inacabadas no Brasil, estimadas em quase 9 mil segundo o Tribunal de Contas da União. Isso equivale a 40% dos contratos existentes que demandam recursos federais”, explicou.

O estado de Mato Grosso foi pioneiro, estabelecendo limite de R$ 50 milhões para obras de grande vulto, com cláusula de retomada obrigatória. Em 2023, o estado lançou a primeira licitação de uma obra pública com a cláusula de retomada para o asfaltamento de 50 km da MT-430, nos municípios de Confresa e Vila Rica, no valor de R$ 115,8 milhões, que posteriormente foi ajustado para R$ 95,1 milhões, demonstrando a eficácia da parceria entre o governo estadual e o mercado segurador.

“Esse modelo de licitação tem mostrado sucesso, sendo visto como referência para outros estados. A iniciativa foi desenhada para trazer segurança jurídica e financeira às obras públicas, facilitando a finalização dos projetos sem a necessidade de novos processos licitatórios”, destaca Oliveira.

A parceria entre o governo e o setor segurador, que ainda aguarda regulamentação completa da SUSEP, aponta para um potencial crescimento dos produtos de Seguro Garantia, impulsionado também pelos investimentos previstos no PAC. Segundo projeções da CNseg, atualizadas mês passado, a expectativa é que o Garantia feche 2024 com um crescimento de 29,3% em relação ao ano passado e, para 2025, projeta-se uma robusta evolução de 17,0% em relação a este ano.

Stoïk levanta US$ 27 milhões em financiamento Série B

A Stoïk, uma startup de seguro cibernético sediada em Paris, arrecadou com sucesso US$ 27 milhões em financiamento da Série B, liderado pela Alven.

Com participação adicional da Andreessen Horowitz, Munich Re Ventures, Tokio Marine, CYBICA, Opera Tech Ventures e Anthemis. O financiamento chega pouco mais de um ano depois que a startup garantiu US$ 10,7 milhões em sua rodada anterior.

Fundada em 2021, a Stoïk opera como um agente geral de gerenciamento (MGA) e oferece cobertura de seguro cibernético para empresas com até € 750 milhões em receita anual. A empresa distribui seus produtos por meio de corretores independentes, apoiados por uma série de seguradoras e resseguradoras, incluindo Acheel, Axeria, Swiss Re e Tokio Marine HCC.

Leia mais: Cyber MGA Stoïk levanta US$ 10,7 milhões em novos financiamentos

O financiamento mais recente ajudará a Stoïk a acelerar seu crescimento e expandir seu alcance na Europa. A empresa pretende atingir 5.000 segurados e 25 milhões de euros em prêmios até o final do ano.

“Esse investimento destaca a confiança que nossos parceiros e investidores têm no futuro da Stoïk”, disse Jules Veyrat, CEO e cofundador da Stoïk. “Com essa Série B de 25 milhões de euros, aprimoraremos nossas ofertas de produtos e continuaremos nossa expansão na França, na Alemanha e em outros mercados europeus.”

Os investidores expressaram forte apoio à abordagem inovadora da Stoïk em relação ao seguro cibernético. “A Stoïk ganhou notável tração com corretores e distribuidores, graças à abordagem visionária e à execução excepcional de seus líderes”, disse Seema Amble, sócia da Andreessen Horowitz. “Estamos entusiasmados em continuar apoiando sua jornada.”

Thomas Cuvelier, sócio da Alven, observou o impressionante crescimento e a aquisição de talentos da Stoïk desde seu primeiro investimento, acrescentando: “Esse novo financiamento solidificará sua posição no mercado”.

Com essa nova rodada de financiamento, a Stoïk está pronta para expandir suas ofertas e fortalecer sua presença no cenário europeu de seguros cibernéticos.

Ben Bergsma, diretor da Munich Re Ventures, também enfatizou a importância da abordagem proativa da Stoïk para gerenciar os riscos cibernéticos para as PMEs europeias, dizendo: “Acreditamos que a Stoïk está pronta para se tornar uma empresa líder no mercado de seguros cibernéticos da Europa”.

Até 60% dos clientes de seguradoras demandam atendimento humanizado, aponta pesquisa do BCG

Estudo identifica que combinação entre conveniência digital e interação pessoal é crucial para sucesso do setor

O Boston Consulting Group (BCG), por meio do estudo “A Transformação Omni-Channel nas Vendas de Seguros”, revela que as seguradoras estão apostando na estratégia omnichannel, em que insights baseados em dados são utilizados para otimizar todos os pontos de contato, garantindo que cada interação ofereça experiências consistentes e personalizadas e assegure que a jornada do cliente seja fluída e satisfatória.

Em termos de resultados tangíveis, a aplicação da omnicanalidade pode aumentar os leads qualificados (potencial cliente que demonstrou interesse num produto ou serviço de uma empresa, fornecendo seus dados de contato em troca de uma oferta) gerados por meio dos ecossistemas digitais, 10% de conversão de leads em vendas (aumento de 300% a 400%), aumento de 5% do prêmio anualizado (valor pago por cada segurado) e crescimento de duas a três vezes em leads novos ou reativados.

“Embora a transição para um modelo de vendas omnichannel ofereça numerosas vantagens, as seguradoras enfrentam desafios significativos para sua implementação efetiva. Esses obstáculos abrangem diversas áreas, desde questões econômicas até a adaptação de processos e produtos”, comenta Rodrigo Maranhão, diretor executivo e sócio sênior do BCG.

Segundo o levantamento, a jornada do cliente no setor de seguros é complexa, envolvendo etapas críticas que definem a experiência do usuário. Por isso, até 60% dos clientes demandam interação humana durante o processo de aquisição. Na fase de informações, por exemplo, quando os interessados pesquisam sobre diferentes coberturas, comparando as opções disponíveis para atender às suas necessidades específicas, essa preferência é apresentada por 52% dos consumidores na categoria vida, 50% em P&C (property & — protege empresas contra danos e perdas relacionados a propriedades e responsabilidade civil) e 44% em saúde.

“Para inovar, mas continuar atendendo ao desejo de seus clientes, as seguradoras estão focando em combinar a conveniência digital com a expertise humana para oferecer um modelo de serviço abrangente”, explica Maranhão. De acordo com o BCG, a implementação bem-sucedida desse método pode resultar na melhora da experiência do cliente, aumento de vendas e redução dos custos com mão de obra, visto que as tarefas rotineiras podem ser automatizadas, liberando os funcionários para realizarem atividades de maior valor agregado.

“As seguradoras devem continuar a investir em tecnologia, treinamento e desenvolvimento de produtos para manter a integração das expectativas dos clientes com as inovações do mercado. A capacidade de adaptar-se rapidamente às mudanças e às preferências dos consumidores será fundamental para manter a competitividade”, finaliza Maranhão.

Conheça 10 insurtechs sustentáveis que levam o seguro para o próximo nível

As mudanças climáticas estão remodelando o cenário dos seguros, exigindo soluções inovadoras para lidar com os riscos crescentes associados a eventos climáticos extremos.

Uma onda de startups de tecnologia climática está enfrentando o desafio, oferecendo tecnologias de ponta que estão transformando o setor de seguros.

Desde a avaliação de riscos com base em IA até o seguro paramétrico e o desenvolvimento de produtos sustentáveis, essas 10 empresas de tecnologia climática estão na vanguarda da inovação. Confira abaixo como elas estão liderando a adaptação do setor de seguros às mudanças climáticas.

Previsico

CEO: Jonathan Jackson
Setor: Avaliação de riscos

A Previsico está na vanguarda do uso da inteligência artificial (IA) para lidar com os riscos relacionados ao clima no setor de seguros. Ao utilizar algoritmos avançados de IA, a Previsico fornece às seguradoras informações valiosas sobre os riscos induzidos pelas mudanças climáticas, como eventos climáticos extremos, aumento do nível do mar e incêndios florestais.

A plataforma alimentada por IA da Previsico pode avaliar com precisão o risco climático, permitindo que as seguradoras tomem decisões de subscrição mais informadas e desenvolvam produtos personalizados para atender às necessidades específicas dos clientes em regiões vulneráveis ao clima. Além disso, os algoritmos da Previsico podem ajudar as seguradoras a identificar possíveis fraudes relacionadas a sinistros climáticos, protegendo seus resultados.

Além disso, os chatbots alimentados por IA da Previsico podem fornecer suporte instantâneo ao cliente, melhorando a satisfação e reduzindo os custos operacionais. Isso é particularmente valioso no contexto de desastres relacionados ao clima, quando os clientes podem precisar de assistência em tempo hábil.

Ao aproveitar a tecnologia da Previsico, as seguradoras podem gerenciar melhor os riscos relacionados ao clima, mitigar perdas e fornecer proteção essencial aos seus clientes em um mundo cada vez mais incerto. A Previsico é um parceiro valioso para as seguradoras que buscam enfrentar os desafios e as oportunidades apresentados pelas mudanças climáticas.

Fathom

CEO: Stuart Whitfield
Setor: Avaliação global de riscos de catástrofes

A Fathom é uma empresa de tecnologia climática especializada em avaliação de riscos de inundação. Ao aproveitar a IA avançada e o aprendizado de máquina, a Fathom fornece às seguradoras, aos governos e às empresas dados precisos e granulares sobre o risco de inundação.

A tecnologia da Fathom permite que os clientes aprimorem suas estratégias de subscrição e precificação de seguros contra inundações, obtenham uma compreensão abrangente do risco de inundação em seus portfólios de ativos globais e informem seus planos de preparação e resposta a desastres.

O modelo Global Flood Cat da Fathom representa um avanço significativo na avaliação de riscos de inundação. Essa ferramenta de ponta fornece insights inigualáveis sobre o risco de inundação em escala global, capacitando os clientes a tomar decisões informadas e a mitigar possíveis perdas.

FloodFlash

CEO: Adam Rimmer
Setor: Seguro paramétrico contra inundações

A FloodFlash é uma insurtech especializada em seguro paramétrico contra inundações. A tecnologia da empresa oferece às empresas pagamentos rápidos e automatizados em caso de inundação.

A FloodFlash oferece seguro paramétrico, o que significa que os pagamentos são acionados com base em métricas pré-acordadas, como chuvas ou níveis de água. Isso elimina a necessidade de processos tradicionais de sinistros, resultando em pagamentos mais rápidos e eficientes.

O FloodFlash usa sensores avançados e análise de dados para monitorar o risco de inundação em tempo real, permitindo que a empresa acione os pagamentos imediatamente após a ocorrência de um evento de inundação. Isso proporciona às empresas maior segurança e tranquilidade.

As apólices de seguro contra inundações econômicas da FloodFlash o tornam acessível a empresas de todos os tamanhos. Ao proteger as empresas contra o impacto financeiro das inundações, a FloodFlash é um parceiro valioso para empresas que buscam gerenciar riscos e reduzir perdas.

Neptune Flood Insurance

CEO: Trevor Burgess
Setor: Soluções paramétricas de seguro contra inundações

A Neptune Flood usa tecnologias de mapeamento e sensoriamento remoto aéreo para criar um algoritmo sofisticado que fornece aos clientes uma apólice de seguro contra inundações em dois minutos ou menos. A empresa demonstra como os dados podem ser coletados e usados para desenvolver uma matemática mais inteligente, prever riscos e, por fim, mitigar perdas futuras.

Além de encantar os clientes com uma experiência online rápida e mais intuitiva, a Neptune pode fornecer lições valiosas para as operadoras sobre o uso de dados para desenvolver melhor as apólices e precificar o risco. Essa abordagem de precificação do risco de inundação geralmente resulta em coberturas superiores e está disponível para residências em todas as zonas de inundação designadas.

Fundada em 2016 por veteranos do setor de seguros e tecnologia, a Neptune é liderada pelo CEO Trevor Burgess, com o objetivo de trazer análises avançadas e extrema facilidade de uso para o mercado de seguros contra inundações.

Mckenzie Intelligence Services

CEO: Forbes McKenzie
Setor: Recuperação de desastres

A McKenzie Intelligence Services (MIS) desempenha um papel fundamental na recuperação de desastres, fornecendo inteligência geoespacial em tempo real para apoiar o setor de seguros na avaliação e resposta a eventos catastróficos. Usando imagens de satélite, dados aéreos e análises avançadas, o MIS fornece informações precisas e oportunas às seguradoras, permitindo que elas avaliem rapidamente a extensão dos danos causados por desastres naturais, como furacões, incêndios florestais ou enchentes.

Esse acesso rápido aos dados ajuda as seguradoras a tomar decisões informadas sobre os sinistros, melhorando a velocidade e a precisão dos pagamentos. Ao reduzir o tempo necessário para avaliar os danos, o MIS ajuda as seguradoras a manter a confiança do cliente durante momentos críticos. Sua tecnologia também oferece suporte à modelagem de riscos e à preparação para futuros desastres, permitindo que as seguradoras refinem os processos de subscrição e melhorem a resiliência contra futuras catástrofes.

Por fim, os serviços de inteligência do MIS possibilitam esforços de recuperação de desastres mais eficientes, ajudando as comunidades a se reconstruírem mais rapidamente e minimizando o impacto financeiro e operacional sobre as seguradoras.

Kita

CEO: Natalia Dorfman
Setor: Créditos de carbono

A Kita é uma empresa focada no fornecimento de soluções de seguros para o setor de remoção de carbono, ajudando a mitigar os riscos climáticos e, ao mesmo tempo, promovendo as metas de sustentabilidade. À medida que o mundo se esforça para obter emissões líquidas zero, os projetos de remoção de carbono desempenham um papel vital no equilíbrio dos níveis globais de carbono, e a Kita oferece produtos de seguro projetados para reduzir o risco desses esforços.

Ao segurar créditos de carbono e tecnologias de remoção, a Kita ajuda a criar confiança nesse setor emergente, permitindo que empresas e investidores se envolvam em iniciativas de compensação de carbono com maior segurança.

Os produtos de seguro da Kita cobrem riscos como desempenho insatisfatório do projeto ou falha na entrega do crédito de carbono, protegendo a viabilidade financeira dos projetos de remoção de carbono. Isso permite operações mais tranquilas para as organizações envolvidas em tudo, desde a captura direta do ar até o florestamento, garantindo que seus investimentos em redução de carbono sejam protegidos. As soluções personalizadas da Kita contribuem para acelerar a adoção de tecnologias de remoção de carbono, ajudando o setor de seguros e a economia global na transição para um futuro sustentável.

Arbol

CEO: Siddhartha Jha
Setor: Soluções paramétricas

A Arbol é uma insurtech que fornece soluções de seguro paramétricas para riscos climáticos, usando tecnologia avançada para proteger setores vulneráveis a eventos relacionados ao clima. Ao aproveitar a ciência de dados, o blockchain e o aprendizado de máquina, a Arbol oferece cobertura rápida, transparente e personalizável para setores como agricultura, energia e marítimo, que são cada vez mais afetados por padrões climáticos imprevisíveis.

Diferentemente do seguro tradicional, o modelo paramétrico da Arbol aciona os pagamentos com base em dados meteorológicos predefinidos — como precipitação, temperatura ou velocidade do vento —, em vez de exigir longas avaliações de sinistros. Essa abordagem permite liquidações mais rápidas, geralmente em poucos dias, permitindo que as empresas se recuperem mais rapidamente das interrupções climáticas.

O uso da tecnologia da Arbol aprimora o gerenciamento de riscos para setores sensíveis ao clima, oferecendo-lhes uma rede de segurança confiável à medida que a volatilidade climática aumenta. Suas soluções não apenas protegem contra perdas, mas também capacitam as empresas a se planejarem de forma mais eficaz diante das mudanças nas condições ambientais, tornando a Arbol um participante crucial no seguro contra riscos climáticos.

Faura

CEO: Valkyrie Holmes
Setor: Insurtech de Sustentabilidade

A Faura é uma insurtech que está comprometida com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. A tecnologia da empresa permite que as seguradoras reduzam sua pegada de carbono e contribuam para um futuro mais sustentável.

A plataforma baseada em nuvem da Faura elimina a necessidade de processos baseados em papel, reduzindo o desperdício e conservando recursos. Além disso, a tecnologia da Faura permite que as seguradoras otimizem suas operações e reduzam seu consumo de energia.

Com a parceria com a Faura, as seguradoras podem demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade e atrair clientes preocupados com o meio ambiente. A tecnologia da Faura pode ajudar as seguradoras a desenvolver novos produtos e serviços que abordem os riscos relacionados ao clima e promovam práticas sustentáveis.

Em conclusão, a Faura é uma parceira valiosa para as seguradoras que buscam reduzir seu impacto ambiental e contribuir para um futuro mais sustentável.

Lemonade Crypto Climate Coalition

CEO: Daniel Schreiber
Setor: Blockchain

Como o nome sugere, a Lemonade Crypto Climate Coalition é uma divisão da insurtech Lemonade, orientada por IA. É também a iniciativa que combina o poder do seguro e da tecnologia blockchain para lidar com as mudanças climáticas. Ao aproveitar a transparência e a eficiência do blockchain, a coalizão tem como objetivo criar um futuro mais sustentável e resiliente.

A coalizão está desenvolvendo produtos de seguro inovadores ligados ao clima que podem ajudar empresas e indivíduos a gerenciar riscos relacionados ao clima. Além disso, a coalizão está explorando o potencial da blockchain para criar mercados de compensação de carbono mais eficientes e transparentes. Além disso, a coalizão está investindo em startups e projetos que estão desenvolvendo tecnologias e soluções favoráveis ao clima.

As iniciativas da coalizão podem ajudar as comunidades e as empresas a se tornarem mais resistentes às mudanças climáticas, promover práticas sustentáveis e criar benefícios financeiros por meio de produtos de seguro vinculados ao clima.

A Lemonade Crypto Climate Coalition é uma força pioneira na luta contra as mudanças climáticas. Ao combinar seguro e tecnologia blockchain, a coalizão está criando soluções inovadoras que podem ajudar a construir um futuro mais sustentável e resiliente.

IBISA

CEO: Maria Mateo Iborra
Setor: Parametria e modelagem de risco

A IBISA projeta soluções de seguro baseadas em índices para atender aos clientes que são afetados por mudanças climáticas ou riscos relacionados ao clima, como excesso de chuvas, ciclones ou tufões, falta de chuvas e temperaturas extremas.

A empresa é líder global no fornecimento de soluções tecnológicas de seguros comprometidas com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Os produtos e serviços da empresa ajudam as seguradoras a lidar com riscos relacionados ao clima, reduzir sua pegada de carbono e promover práticas sustentáveis.

Open Insurance registra 16,5 milhões de transações no último ano

São cerca de 3 mil compartilhamentos ativos e 74 empresas cadastradas, informa a Susep

O Open Insurance no Brasil somou cerca de 16,5 milhões de transações entre setembro de 2023 e setembro de 2024, segundo dados levantados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia federal que regula e fiscaliza o mercado de seguros, a pedido do InfoMoney. Esse número reflete a soma de 10,5 milhões de requisições de dados abertos (referentes à Fase 1) e 6 milhões de requisições de compartilhamento de movimentações (referentes à Fase 2), registrando o avanço nas etapas de implementação do sistema, que vão até novembro deste ano (fim da Fase 3).

O Open Insurance (OPIN), ou Sistema de Seguros Aberto, operacionaliza e padroniza o compartilhamento de dados dos consumidores com as empresas de seguros, previdência complementar aberta e capitalização, por meio da abertura e integração de sistemas para o desenvolvimento de novos produtos e serviços, além de integrar-se ao Sistema Financeiro Aberto, o Open Finance.

Quanto à adesão dos consumidores, a Susep informa que cerca de 3 mil pessoas já consentiram no compartilhamento de seus dados por meio do Open Insurance. No lado das seguradoras, já são 74 organizações cadastradas, incluindo seguradoras, entidades abertas de previdência complementar e sociedades de capitalização. Além disso, mais de 1.200 APIs foram publicadas até agora, divididas em 72 grupos, facilitando a integração e o compartilhamento de dados entre as empresas participantes.

Leia mais: Afinal, o que é SPOC no mercado de seguros?

No que se refere às SPOCs (Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente), apenas duas empresas foram autorizadas até o momento — a Guru e a Open Power Corretora de Seguros S.A., que recebeu aval da Susep em setembro. Não há, até agora, novos pedidos de credenciamento em análise, diz a autarquia, embora o número possa crescer à medida que o projeto se expande. Segundo a Susep, as SPOCs são entidades que, uma vez credenciadas, podem atuar provendo serviços ao consumidor de agregação de dados, painéis de informação e controle ou, ainda, mediante o consentimento do cliente, representá-lo, prestando serviços relacionados à iniciação de movimentação financeira.

O Open Insurance, ao integrar dados do consumidor com o consentimento prévio, tem como objetivo aumentar a competição no setor de seguros, permitindo que as empresas desenvolvam produtos mais personalizados e eficientes, com a inovação e a tecnologia sendo os principais impulsionadores desse processo.

Expectativas

Segundo dados de um recente estudo da PwC sobre o panorama do mercado de serviços financeiros no país, o setor de seguros terá aumento de R$ 3 bilhões no faturamento a cada 1% de avanço sobre o PIB. Hoje, apesar do mercado de seguros no Brasil ainda ser considerado tímido, há um grande potencial de crescimento, já que o setor planeja alcançar 10% do PIB brasileiro em 2030 e tem o potencial de movimentar até R$ 1,14 trilhões no período, segundo estimativa da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). O Open Insurance pode contribuir com um avanço significativo na operação e na forma como as seguradoras devem se posicionar neste novo contexto, indica o levantamento.

“Esse modelo promove uma competição saudável entre as seguradoras, estimulando a criação de produtos mais adequados às necessidades dos consumidores e fomentando novos modelos de negócios. Assim como o Open Finance está reformulando o setor bancário, o Open Insurance promete transformar o setor de seguros, alterando a dinâmica de atração e retenção de clientes”, explica Eliseu Tudisco, sócio da Strategy&, consultoria estratégica da PwC e um dos autores do estudo.

De acordo com Tudisco, o novo sistema é uma oportunidade de expansão com avaliações mais assertivas de risco, ofertas de jornadas integradas que podem colocar em uma mesma plataforma, por exemplo, a compra do veículo, o financiamento e a contratação do seguro.

A implementação do Open Insurance foi dividida em três fases e, atualmente, encontra-se na terceira, da efetivação dos serviços, que vai até 29 de novembro. Esta etapa envolve o compartilhamento dos serviços de iniciação de movimentação dos planos de seguros de todos os ramos do Grupo de Pessoas, microsseguros, previdência complementar aberta e capitalização.

Embora o consumidor se mostre desconfortável com o compartilhamento de seus dados bancários e de produtos de seguro, a educação financeira pode contribuir para que a população vença essa barreira. Tanto o Open Finance como o Open Insurance podem ajudar na ampliação do acesso a produtos mais adequados ao consumidor. “É preciso deixar clara a proposta de valor para o consumidor, principalmente para aqueles de classe mais baixa, que são os que têm menos acesso aos serviços financeiros e acabam pagando mais caro”, afirma o sócio da PwC.

Escrito para o InfoMoney por Jamille Niero, jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa.

Bradesco Vida e Previdência amplia portfólio e lança seguro de vida para MEI

A Bradesco Vida e Previdência acaba de lançar o Seguro de Vida Empresarial Flexível Bradesco MEI, solução que possibilita ao microempreendedor individual adquirir uma apólice de vida, podendo ser ampliada para um funcionário. O objetivo do produto é atender às necessidades de quem trabalha de forma independente, proporcionando uma maior segurança a esses profissionais. De acordo com dados do Sebrae, foram abertas 2,1 milhões de MEIs no país somente em 2024. 

O novo produto disponibilizará até 12 opções de coberturas que protegem o contratante e até um funcionário, além de quatro voltadas para os filhos do empreendedor, e outras 18 que contemplam serviços e assistência para o negócio. 

“O lançamento está alinhado com o crescimento exponencial do empreendedorismo nacional nos últimos anos, proporcionando segurança, planejamento e um processo ágil de contratação e implementação. Um seguro de vida adequado gera uma rede de segurança financeira em caso de imprevistos, além de oferecer tranquilidade. Esse é um produto que chega para completar o nosso portfólio empresarial”, ressalta Bernardo Castello [foto], diretor da Bradesco Vida e Previdência.  

Novos benefícios do Pessoa Chave 

O produto Empresarial Flexível Pessoa Chave ampliou suas vantagens. Com isso, além de proteger os sócios da empresa, agora contempla seus diretores. O seguro passa a contar com vigência vitalícia por invalidez permanente ou doenças graves até os 75 anos.  

O Pessoa Chave é um seguro de vida que visa minimizar os impactos financeiros e/ou patrimoniais em razão do falecimento de um dos sócios da empresa. Nesse caso, como beneficiária do seguro, a companhia contratante poderá utilizar esse capital para pagar aos herdeiros legais o valor correspondente às cotas do sócio falecido sem precisar utilizar recursos do caixa. Assim, eles têm seus direitos mantidos e os demais sócios podem continuar suas atividades sem impacto no quadro acionário da empresa. 

Com as novidades, a linha de produtos PME ficou mais ampla e diversificada, sendo formada agora pelas modalidades MEI, Pessoa Chave e Capital Global.